Três equipas em bom plano
MIGUEL CARDOSO (RIO AVE), DANIEL RAMOS (MARÍTIMO) E VÍTOR OLIVEIRA (PORTIMONENSE) ESTÃO A REALIZAR UM TRABALHO QUE MERECE ESPECIAL DESTAQUE
Muito fortes a jogar em casa, os madeirenses registam 5 vitórias e um empate com o Benfica, tendo sofrido apenas 2 golos no seu reduto. E mesmo nas competições europeias, Botev Plovdiv e Dínamo Kiev não conseguiram ganhar nem marcar golos no Funchal. Aliás, a última derrota do Marítimo em casa para a liga foi há mais de um ano, antes da chegada do atual técnico.
Apesar das saídas de jogadores importantes como Raúl Silva, Fransérgio, Patrick ou Dyego Sousa, Daniel Ramos conseguiu encontrar novas soluções e manter a formação madeirense em bom nível. Futebol pragmático, organizado e eficaz fazem deste Marítimo um osso duro de roer.
Já o Portimonense é um dos casos mais interessantes. Vítor Oliveira regressou à 1.ª Liga e tem uma das equipas mais entusiasmantes da prova. Os algarvios têm o quarto melhor ataque com 20 golos (ficaram em branco ape- nas uma vez) e só são superados pelo trio dos grandes. Por sua vez, têm a segunda pior defesa da liga (23 golos). Números de uma equipa que tem jogado, taco a taco, com qualquer adversário.
Este Portimonense tem cultura positiva. Joga para ganhar em qualquer campo e assume o risco. Como equipa recém-promovida poderia pensar-se que a postura seria mais conservadora, mas fez o contrário e isso deve ser realçado como bom exemplo. É uma equipa competitiva que contribui para o espetáculo.
Mas não fique a ideia de que o Portimonense é uma equipa ingénua. É uma formação com muita qualidade e consciente das suas capacidades. Jogadores como Paulinho, Nakajima e Fabrício têm potencial para integrar os plantéis das principais equipas do campeonato. Tem argumentos fortes e margem de evolução para crescer ao longo da prova.