Record (Portugal)

GIGANTES NÃO TOMBAM

COATES E DOST CARIMBAM PASSAGEM COM GOLOS NAS ALTURAS FÁBIO COENTRÃO “Tenho lutado contra tudo e contra todos” BRUNO FERNANDES ENTROU E FEZ DUAS ASSISTÊNCI­AS PATRÍCIO ATÉ PENÁLTI DEFENDEU

- CRÓNICA DE SÉRGIO KRITHINAS

O Sporting está nos oitavosde-final da Taça de Portugal, mas teve de suar e passar por alguns calafrios para ultrapassa­r o Famalicão, uma das surpresas da 2ª Liga nesta temporada e cliente habitual dos leões na prova-rainha – foi o terceiro confronto entre as duas equipas nas últimas quatro temporadas. A equipa minhota aguentou o nulo durante mais de uma hora, mas acabou por ser derrotada quando Jorge Jesus lançou Bruno Fernandes em campo, acabando ainda por desperdiça­r um penálti já perto do final que seria um prémio mais do que merecido, até para os muitos adeptos que estiveram ontem em Alvalade. Descontand­o lesionados e jogadores ainda longe da melhor for- ma física, a verdade é que não havia grande margem para Jorge Jesus poupar a pensar no confronto de quarta-feira, com o Olympiacos, no qual o Sporting vai jogar – no mínimo – a continuida­de nas provas europeias. Ainda assim, Gelson e Bruno Fernandes, titulares pela Seleção Nacional na última terça-feira, começaram no banco, de onde tiveram de sair durante o jogo. O primeiro logo aos 12’, por culpa da lesão de Jonathan Silva; o segundo à passagem da hora de jogo, quando o 0-0 começava a causar desconfort­o. Os leões apresentar­am-se com uma novidade, colocando Fábio Coentrão como ala-esquerdo e Bruno César na direita. O centro do terreno ficou por conta de Petrovic e Battaglia, dois jogadores de combate físico, corpo a corpo, mas sem capacidade de construção, nem em passe nem em condução. Do outro lado, Dito montou uma equipa num 4x3x3 que rapidament­e se transforma­va em 4x5x1 em momento defensivo, deixando muitas vezes o pontade-lança Rui Costa (muito bons pormenores, apesar do penálti desperdiça­do) entregue à sua sorte no duelo com os gigantes Coates e Tobias Figueiredo.

Foi precisamen­te do jovem de 21 anos que surgiu o primeiro aviso, logo aos 2’. E também aí se percebeu que, mais uma vez, o Sporting poderia contar com um enorme Rui Patrício, a desviar com a ponta dos dedos um remate rasteiro e cruzado, cheio de veneno. O guardião acabaria o jogo com mais quatro defesas de grande nível, sendo decisivo para o triunfo.

Chuta-chuta ao poste

Durante toda a primeira parte, o ataque do Sporting viveu quase sempre dos esticões de Podence, que caiu muitas vezes para o flanco direito, permitindo as diagonais de Gelson. Foi desta combinação de

aceleras que surgiu o primeiro remate perigoso da equipa verde e branca, às malhas laterais. E, apesar de estar quase sempre por cima no jogo e de muitas vezes obrigar a defesa do Famalicão a aliviar como podia, a verdade é que só em mais uma ocasião é que o Sporting esteve realmente perto de marcar, num tiraço de longe de Bruno César. O segundo tempo começou num registo idêntico, com o Sporting por cima mas sem capacidade de construção na zona central. O problema foi resolvido com a entrada de Bruno Fernandes, que trouxe posse de bola e critério no passe para o último terço. O Sporting passou a depender menos das arrancadas individuai­s dos seus extremos e aumentou a pressão sobre a defesa contrária, que acabou por ser batida por Coates, após canto do recéminter­nacional português. Pouco depois, o pé direito de Bruno Fernandes sacou novo cruzamento, desta vez de bola corrida, e ofereceu a Bas Dost o golo do costume, matando de vez a reação do Famalicão, que entretanto já tinha visto Rui Patrício negar o empate em mais duas situações. Na antevisão ao jogo, Jesus tinha dito que o Sporting tinha “mais conteúdos” do que o Famalicão. Um deles é, claramente, Rui Patrício. *

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LEÕES JÁ PAGARAM À DOYEN
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