UM REGISTO QUE DIVIDE
Baldé não tem licença de intermediário da FPF. Fouto questiona por que recebe comissões
Para poderem receber comissões, um empresário ou a respetiva empresa devem estar registados na federação a que diz respeito um determinado negócio. O registo é obrigatório e a renovação anual pressupõe seguro, ausência de dívidas às finanças ou à segurança social e até cadastro limpo. José Fouto questiona a situação de Catió Baldé.
“Não é reconhecido como empresário, intermediário ou agente pela Federação Portuguesa de Futebol, nem nunca o foi. Na qualidade de agente, reconhecido pela FPF, encarregar-me-ei de que Catió Baldé responda em tribunal sobre o porquê de ter re- cebido e continuar a receber comissões de jogadores em Portugal”, promete Fouto em comunicado. Baldé rebate o argumento. “É patético. Está a arranjar desculpas. Então ele não me reconhece como empresário, inter- mediário ou agente e aceita fazer uma parceria comigo? Tenho documentos e acordos assinados com a empresa dele”, declara o representante de Rúben Semedo. “Sou guineense e estou inscrito na federação da Guiné-Bissau. Já estive na FPF. Isso não tem validade nenhuma. Se tivesse, e ele sabendo tudo isso, ia procurarme como empresário para fazer a parceria?”, insiste. E aponta responsabilidades: “O Sporting a mim não me deve nada. Ele está a tentar burlar-me”, acusa.
Desacato
A polémica entre Baldé e Fouto estalou após uma altercação entre ambos quinta-feira num hotel em Lisboa. Os relatos destoam. “Avancei para cima dele com agressões e o hotel chamou a polícia”, conta-nos Catió Baldé. Fouto assegura que “não houve qualquer tipo de agressão física” e a Record diz que “há testemunhas” disso. “A polícia limitou-se a tomar conta da ocorrência. Sinto-me vítima de uma encenação desse senhor, porque foi ele que chamou a polícia e depois tiroume uma fotografia, quando não houve nada.” *