Record (Portugal)

Quatro bons exemplos

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cenário catastrófi­co que Manuel Machado sentenciou no início da época está cada vez mais longe da realidade. Percebeu-se logo na hora que o ‘professor’ tinha falhado o alvo (“Tirando os três grandes, o resto é carne para canhão”), mas a cada semana que passa o que vai crescendo é a ideia de que há finalmente no futebol português um conjunto de boas equipas capazes de bater o pé aos três grandes como raras vezes tinha sido feito – e não apenas na discussão de resultados.

Uma estratégia mais defensiva, um projeto mais ‘musculado’ e o recurso ao antijogo foi sempre uma combinação simplista que ia permitindo a equipas menores travar Benfica, Sporting ou FC Porto em determinad­os momentos. A questão desta vez é outra. Há quatro emblemas capazes de desafiar os clubes mais poderosos naquilo onde eles sempre foram intocáveis: no controlo do jogo através da posse de bola, na qualidade do seu processo, na estética do futebol produzido e até na ambição revelada.

O caso de sucesso do Sp. Braga nem sequer é uma novidade, porque há vários anos que joga (e ganha) como um grande. O nível qualitativ­o de Rio Ave, Marítimo e Portimonen­se é que surpreende e constitui uma enorme novidade no futebol português. Um serviço inestimáve­l que bem merece ser registado. Parabéns!

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