Record (Portugal)

“Cristiano e Messi são incomparáv­eis”

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tempo com o Jesualdo do que com o André, mas aprendi muito com os dois e identifico-me com a forma de jogar de ambos. Por isso, é difícil escolher só um. São os dois excelentes ‘maestros’.

Qual foi o título mais importante que conquistou?

MG - Creio que o mais importante foi a conquista da Liga Europa. Apesar de eu não ter jogado, aquilo que vivi dentro do grupo foi excelente e inesquecív­el.

E o melhor golo que marcou? MG - Pela importânci­a, escolho aquele que marquei ao Manchester United em Old Trafford, mas, esteticame­nte, gosto mais de um golo que fiz à Académica, na vitória por 1-0, na Taça da Liga.

Esse golo em Old Trafford contribuiu para umempate 2-2. O pior foi na segunda mão, quando um golo de Cristiano Ronaldo eliminou o FC Porto no Dragão. Essa foi também a sua maior decepção desportiva quando lá esteve? MG - Decepção não, pois fizemos tudo para passar e, inclusivam­ente, jogámos melhor nesse segundo encontro. O que aconteceu nesse jogo foi raro, pois, aos cinco minutos, Ronaldo pegou na bola a meiocampo, rematou e colocou-a no ângulo da baliza. Foi um balde de água fria e tivemos dificuldad­e em recuperar. Afinal, defrontámo­s um Manchester que era o campeão europeu em título e tinha Ronaldo, Vidic, Evra… Eles também deixaram a pele em campo. Lembro-me de Rooney e Ronaldo a correrem como laterais volantes, fazendo um esforço enorme para se apurarem. Por isso, não posso falar em decepção, pois deixámos tudo o que tínhamos em campo. Voltando à sua carreira no FC Porto. Chegou a ser capitão da equipa. O que o conduziu a esse estatuto? Aliderança? Adisciplin­a?

“PARA MIM FOI MUITO IMPORTANTE SER CAPITÃO DO FC PORTO, POIS NEM TODOS TÊM A POSSIBILID­ADE DE O SER” “ATÉ ACHO ISSO NORMAL. NA ARGENTINA, O MAIS LEVE QUE PODIA ACONTECER ERA APAGAREM A LUZ DO ESTÁDIO”

MG - Acho que foi um pouco de tudo, incluindo a minha forma de ser e o respeito que conquistei entre os meus companheir­os e as pessoas do clube. Para mim foi muito importante, porque deu-me confiança. Era um sonho pessoal, pois nem todos têm a possibilid­ade de ser capitão da equipa.

Ser argentino também ajudou, uma vez que Lucho foi capitão do FC Porto durante muitos anos? MG - Sim, Lucho, mas também Lisandro abriram as portas para os outros argentinos e deram-nos a possibilid­ade para explorarmo­s o ‘mundo Porto’, porque eles foram rápidos a dar resultados. Ambos ‘plantaram’ uma bandeira argentina no clube.

Mas então por que não há argentinos desde há vários anos no FC Porto?

MG - Creio que não é por discrimina­ção para com os argentinos. Só que, antes de contratare­m, eles estudam sempre tudo a fundo. Por isso, é muito difícil que se enganem com um jogador.

O FC Porto vai ser campeão esta temporada?

MG - Segurament­e que sim. MG – Sim, acaba por ser normal. Imagine uma situação parecida na Argentina, com o River Plate a ser campeão no estádio do Boca Juniors ou vice-versa. O mais leve que podia acontecer era apagarem a luz do estádio... Imaginavam que algo semelhante ia acontecer antes do jogo?

MG – Sim. Mas estávamos muito motivados porque, para nós, era uma oportunida­de única. Como portistas, ganhar o campeonato no Estádio da Luz era o melhor que podíamos fazer.

Havia água quente nos balneários...?

MG – Sim, aí não fizeram nada. O que aconteceu mesmo foi que   Já aqui recordámos o golo de Cristiano Ronaldo que eliminouo FC Porto da Liga dos Campeões, em 2008/2009. O que significou parasitê-lo defrontado?

MG - Como tinha referido, a primeira vez que ele tocou na bola, colocou-a no ângulo da baliza e eliminou-nos. Este tipo de jogadores tem essa capacidade. A partir de uma coisa qualquer, conseguem ganhar um jogo ou um campeonato. Cristiano demonstra a sua hierarquia a cada momento e, por isso, mereceu ganhar outra vez apagaram rapidament­e as luzes e fizeram de conta que nada se tinha passado. Foi a forma que encontrara­m para demonstrar a sua irritação. Mas há que compreende­r. É um clássico que mobiliza o país e com o qual não se brinca. Nós estávamos muito melhor do que eles e aproveitám­os. Estávamos motivados e o Benfica talvez estivesse paralisado com medo de perder. Averdade é que a rivalidade estava ao rubro desde o caso do túnel da Luz, do qual saíram suspensos Hulk e Sapunaru. O que se passou realmente nessa noite? MG – Houve uma troca de palavras com um dos seguranças, que abusou da sua autoridade e provocou a nossa reação. Eu vi- o prémio da FIFA (The Best) como o melhor jogador deste ano.

Cristiano Ronaldo foi premiado pela época que fez ou por ser melhordo que Messi?

MG - Creio que a FIFA premiou a sua temporada, pois este prémio serve para isso mesmo. Mas não nha mais atrás a conversar com Saviola, mas apercebi-me dessa atitude do segurança. O Hulk e o Sapunaru, que eram dos mais altos e fortes, ficaram furiosos e foram pedir explicaçõe­s. Depois, como em qualquer tumulto, uma faísca dá em explosão. Sentiram que havia algo de errado, uma vez que Hulk acabou suspenso durante meio campeonato, sendo ele um dos melhores jogadores do FC Porto?

MG – Foi exactament­e como nós vimos as coisas. Não temos quaisquer provas de que houve algo de errado, mas julgo que o castigo foi exagerado. Aliás, o Benfica nunca foi tão penalizado em situações semelhante­s noutros jogos. gosto de comparar estes dois jogadores. Para mim, são simplesmen­te os dois melhores do mundo e não há ponto de comparação porque são jogadores diferentes. São incomparáv­eis. E também é por causa disso que se diferencia­m dos restantes. Ambos estão um escalão acima dos demais. Também poderíamos juntar Neymar, por tudo o que vem fazendo, mas acho que Cristiano Ronaldo e Lionel Messi continuam a não se poder comparar com nenhum dos outros.

“SÃO JOGADORES QUE, A PARTIR DE UMA COISA QUALQUER, CONSEGUEM GANHAR UM JOGO OU UM CAMPEONATO”

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CARREIRA. Mariano González está a cumprir a sua terceira época no Huracán, da 1.ª Divisão argentina CASA. Médio argentino posa para o nosso jornal

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