O presidente que o levou para Tomar
Um empresário local, de seu nome Fernando Mendes, era o presidente do União de Tomar quando Eusébio representou o clube do segundo escalão português, entre dezembro de 1977 e março de 1978. Falecido há praticamente um ano, no dia 11 de dezembro de 2016, com 82 anos, fica para a posteridade uma entrevista dado ao semanário ‘O Mirante’, de Santarém, onde conta como tudo aconteceu. “Combinámos um encontro em Lisboa no escritório da pessoa que tratava das coisas do Eusébio, que era o sr. dr. Paiva das Neves, e conversámos sobre a possível vinda do Eusébio para cá uns tempos”, começou por explicar, sublinhando que o jogador exigiu ser pago por cheques passados em nome do presidente e não do clube. “Eusébio ganhava nesse tempo à volta de 50 ou 60 contos por mês (entre 250 e 300 euros). Passei os cheques para cada mês, que foram respeitados e pagos integralmente por mim. Praticamente aguentei aquilo tudo sozinho”, lembrou.
Viver com o Rei
“Não há dúvida que a vinda do Eusébio resultou alguma coisa e deu algumas alegrias à malta de Tomar. Num jogo com o Cartaxo, do meio da rua, meteu a bola dentro da baliza no sítio que ele queria”, recordou ainda ao mesmo jornal, falando ainda sobre o relacionamento com o antigo craque do Benfica e da Seleção Nacional: “Ele era o rei do futebol e eu era um dirigente de um clube pequeno, mas, dentro do balneário era uma família, davam-se todos bem e eram todos respeitados da mesma maneira.”