Record (Portugal)

UM BAILE AO SOM DE MÚSICA CLÁSSIC

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Vitória sem arte nem engenho para se bater com um rival superior em todos os aspetos do jogo

Empenho, ousadia, coragem e um sentido coletivo muito forte. Foi isto que Pedro Martins pediu na véspera do jogo com o RB Salzburgo e foi isto que o Vitória não teve ontem ao longo dos 90 minutos. No fundo, faltou quase tudo a uma equipa que esteve amorfa durante grande parte do jogo e que acabou por errar demasiado para não ser castigada por um adversário que é, sem dúvidas, de outra loiça. Fica, como único aspeto positivo, a possibilid­ade de ainda seguir em frente na Liga Europa. Mas para isso será preciso um Vitória totalmente diferente diante do Konyaspor. Ciente da força do touro austríaco, Pedro Martins montou uma estratégia mais defensiva, onde a intenção passava por aproveitar as

PEDRO MARTINS TINHA PEDIDO CORAGEM E OUSADIA, MAS A SUA EQUIPA NÃO MOSTROU NENHUM DESTES ARGUMENTOS EM CAMPO

saídas rápidas para causar mossa no adversário. O problema é que faltou critério na hora das transições. Por outro lado, o RB Salzburgo ia, sem grande pressa, empurrando o Vitória para trás e deu o primeiro tiro no porta-aviões aos 26 minutos, quando Dabbur apanhou Victor Garcia ‘a dormir’ e inaugurou o marcador nas suas costas. A reação ao golpe não foi a melhor por parte dos minhotos e caiu um pouco do céu a cabeçada de Rafael Martins à trave, aos 41’. Um lance de azar, que poderia ter mudado por completo o rumo do jogo. Até porque, nos descontos da 1ª parte, Ulmer disparou de fora da área e aumentou a vantagem para 2-0. Um golpe demasiado duro e ao qual os minhotos não mais conseguira­m reagir.

A etapa complement­ar foi uma mera formalidad­e. Sem poder de reação, o Vitória continuou errático na construção e sem pingo de inspiração ofensiva. Depois, qual lei de Murphy, a praga de lesões voltou a atacar. Primeiro Pedro Henrique e depois Raphinha... Logo dois jogadores que são dos mais importante­s. Pelo meio desta onda de azar ainda houve novo golo do Salzburgo, num lance em que a defesa minhota voltou a vacilar. Basicament­e, o Vitória sai vivo da Áustria no que às contas do grupo diz respeito, mas com muitos problemas para resolver nos próximos dias. O maior é talvez a incapacida­de que mostra em criar uma sequência de bons resultados. *

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FORTE. Celis esteve bem a controlar o meio-camp
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