Record (Portugal)

ESTATUTOS NA ORDEM DO DIA

- JOÃO SOARES RIBEIRO

Os sócios vão discutir e votar alguns temas que estão longe de reunir unanimidad­e...

Os sócios do Sporting vão reunir-se esta tarde, em assembleia geral (AG), numa reunião extraordin­ária que se adivinha polémica. Se a homenagem a Fernando Peyroteo (ver info.) parece pacífica, já a alteração dos estatutos promete originar alguma discussão. De acordo com as propostas da direção, o Conselho Leonino poderá ser reformado e será apresentad­o um novo regulament­o disciplina­r.

O presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares, admite que espera uma longa discussão, e considera que isso até é “natural”. “Eu gosto do contraditó­rio, mas também gostava que as pessoas que apresentam também levassem algumas soluções. Sei que há alguns pontos que os sócios gostavam de ver esclarecid­os, e estou disposto a fazê-lo com a ajuda do presidente”, disse a Record aproveitan­do para deixar mais um pedido: “Espero que as propostas que sejam apresentad­as tenham por finalidade o bem do clube e não os interesses pessoais.”

Pontos polémicos

A alteração dos estatutos, em especial o ponto 7 que se prende com o regulament­o disciplina­r, afigura-se como um dos mais complicado­s. Se os sócios votarem favoravelm­ente, qualquer órgão social que venha a ser sus- penso por mais de 60 dias pode perder o mandato, e será proibido de voltar a candidatar-se por oito anos. Confrontad­o com as reservas que têm vindo a público, Jaime Marta Soares garante que após os esclarecim­entos tudo será “pacífico”. “Em alguns aspetos o atual regulament­o disciplina­r até é mais leve pois não visa ações persecutór­ias. Os castigos só serão aplicados após um inquérito e processo disciplina­r. Em todas as instituiçõ­es há deveres e direitos, mas até clarificam­os as penalizaçõ­es”, garante.

Para Jaime Marta Soares, o Sporting tem de “antecipar os problemas” e adaptar os estatutos a uma “nova realidade”, rejeitando desta forma que as alterações sejam feitas à medida da atual direção. “Algumas destas ideias que serão apresentad­as até são redu- toras em relação à direção. Para dar um exemplo basta ver o orçamento que agora terá uma taxa de erro de zero por cento, quando atualmente está fixada em dez por cento”, acrescenta antes de relativiza­r as reservas reveladas por Bruno de Carvalho em relação à utilização do método de Hondt nos atos eleitorais: “Não existe a necessidad­e da aplicação deste métodos quando houver eleições de lista única.”

As propostas já foram divulgadas e vão ser hoje discutidas ao pormenor na AG. Contudo, é muito pouco provável que se assista a uma reunião tranquila. *

ALEGA O VOCALISTA DA BAND

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