ESTATUTOS NA ORDEM DO DIA
Os sócios vão discutir e votar alguns temas que estão longe de reunir unanimidade...
Os sócios do Sporting vão reunir-se esta tarde, em assembleia geral (AG), numa reunião extraordinária que se adivinha polémica. Se a homenagem a Fernando Peyroteo (ver info.) parece pacífica, já a alteração dos estatutos promete originar alguma discussão. De acordo com as propostas da direção, o Conselho Leonino poderá ser reformado e será apresentado um novo regulamento disciplinar.
O presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares, admite que espera uma longa discussão, e considera que isso até é “natural”. “Eu gosto do contraditório, mas também gostava que as pessoas que apresentam também levassem algumas soluções. Sei que há alguns pontos que os sócios gostavam de ver esclarecidos, e estou disposto a fazê-lo com a ajuda do presidente”, disse a Record aproveitando para deixar mais um pedido: “Espero que as propostas que sejam apresentadas tenham por finalidade o bem do clube e não os interesses pessoais.”
Pontos polémicos
A alteração dos estatutos, em especial o ponto 7 que se prende com o regulamento disciplinar, afigura-se como um dos mais complicados. Se os sócios votarem favoravelmente, qualquer órgão social que venha a ser sus- penso por mais de 60 dias pode perder o mandato, e será proibido de voltar a candidatar-se por oito anos. Confrontado com as reservas que têm vindo a público, Jaime Marta Soares garante que após os esclarecimentos tudo será “pacífico”. “Em alguns aspetos o atual regulamento disciplinar até é mais leve pois não visa ações persecutórias. Os castigos só serão aplicados após um inquérito e processo disciplinar. Em todas as instituições há deveres e direitos, mas até clarificamos as penalizações”, garante.
Para Jaime Marta Soares, o Sporting tem de “antecipar os problemas” e adaptar os estatutos a uma “nova realidade”, rejeitando desta forma que as alterações sejam feitas à medida da atual direção. “Algumas destas ideias que serão apresentadas até são redu- toras em relação à direção. Para dar um exemplo basta ver o orçamento que agora terá uma taxa de erro de zero por cento, quando atualmente está fixada em dez por cento”, acrescenta antes de relativizar as reservas reveladas por Bruno de Carvalho em relação à utilização do método de Hondt nos atos eleitorais: “Não existe a necessidade da aplicação deste métodos quando houver eleições de lista única.”
As propostas já foram divulgadas e vão ser hoje discutidas ao pormenor na AG. Contudo, é muito pouco provável que se assista a uma reunião tranquila. *
ALEGA O VOCALISTA DA BAND