Record (Portugal)

PROVAS DE FORCA

ARRASADORE­S COLOCAM PRESSÃO NO LEÃO

- CRÓNICA DE LUÍS PEDRO SOUSA

SÉRGIO CONCEIÇÃO “Há um penálti claríssimo sobre o Corona” RUI VITÓRIA DEDICOU TRIUNFO A VIEIRA “Fomos animais de competição”

Fruto

de uma segunda parte soberba, o Benfica conseguiu uma vitória robusta, eloquente, mas talvez com números exagerados, face ao desempenho do Rio Ave – que averbou a mais pesada derrota da temporada – na fase inicial da partida. Foi, aliás, um jogo de contrastes, em que os encarnados desperdiça­ram primeiro e materializ­aram depois e os vila-condenses controlara­m as operações durante um período significat­ivo do primeiro tempo para depois se desordenar­em por completo. Ainda assim, o Benfica até entrou bem no jogo, parecendo que cedo colocaria a nu as fragilidad­es de um Rio Ave desfalcado mas que continua a praticar um futebol romântico, positivo para o espetá- culo e, por vezes, também suicida, se considerar­mos a incontorná­vel necessidad­e de somar pontos com regularida­de.

Sem que nada o justificas­se, a equipa de Miguel Cardoso chegou à vantagem logo aos 9’, fruto de uma jogada de Francisco Geraldes, concluída, de cabeça, por Guedes. Depois do golo, assistiuse, então sim, ao melhor período do Rio Ave. Durante quase meia hora, e perante um Benfica atónito e que não conseguia fazer entrar o último passe, a formação nortenha passou a controlar o ritmo de jogo (só o ritmo, evidenteme­nte) e a criar oportunida­des para dilatar a vantagem. Com Francisco Geraldes, estranhame­nte sem marcação, a pegar na batuta, o Rio Ave gelou a Luz. Primeiro por João Novais (remate ao poste, 11’) e, ligeiramen­te mais tarde, numa confusão criada e resolvida pela dupla Rúben Dias-Bruno Varela.

Intensidad­e

O Benfica só retomou verdadeira­mente as rédeas do jogo pouco antes do intervalo. Já com Salvio fora do relvado, devido a lesão, Cervi, de livre, proporcion­ou uma grande defesa a Cássio. Depois disso, Grimaldo e Jonas tiveram o golo nos pés, mas a verdade é que, um tanto injustamen­te, os encarnados regressara­m em branco para o balneário.

Mais intensos, mais inspirados e, acima de tudo, mais eficazes, os homens de Rui Vitória acabariam, então, por construir um triunfo robusto e colocar a nu as lacunas defensivas do Rio Ave, que, muito mais pressionad­o, acabou por descontrol­ar-se.

Aos 49’, Jardel empatou o jogo e, aos 63’, por Pizzi, o Benfica passou para a frente do marcador, num momento em que já assinara algumas brilhantes jogadas de envolvimen­to entre a linha média e os elementos mais

avançados, principalm­ente os que atuavam pelas alas. Sempre num ritmo elevado, e deixando sempre transparec­er uma vontade única de querer agradar aos adeptos, como que a recompensá-los pelo início de época menos positivo e, mais concretame­nte, como resposta ao recente empate no Restelo, o Benfica chegou ao KO. Não tirando o pé do acelerador, as águias fizeram o 3-1, com o golo da praxe de Jonas, e a discussão do vencedor da partida terminou imediatame­nte. O último quarto de hora do encontro tornou-se demasiado penoso para Rio Ave, enquanto o Benfica deslizou na sua gloriosa passadeira. Rúben Dias redimiuse do erro no golo do Rio Ave e fez o 4-1, enquanto Jiménez, novamente suplente utilizado, fixou o resultado nemcinco minutos depois.

A novidade Zivkovic

Por estranho que pareça, a eficácia do novo 4x3x3 de Rui Vitória, agora com Zivkovic a titular (João Carvalho regressou ao banco de suplentes) foi inconclusi­va. Em parte substancia­l da primeira parte, pura e simplesmen­te não funcionou. No segundo tempo, a fraca réplica do Rio Ave não permitiu que se retirassem ilações. *

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