PROVAS DE FORCA
ARRASADORES COLOCAM PRESSÃO NO LEÃO
SÉRGIO CONCEIÇÃO “Há um penálti claríssimo sobre o Corona” RUI VITÓRIA DEDICOU TRIUNFO A VIEIRA “Fomos animais de competição”
Fruto
de uma segunda parte soberba, o Benfica conseguiu uma vitória robusta, eloquente, mas talvez com números exagerados, face ao desempenho do Rio Ave – que averbou a mais pesada derrota da temporada – na fase inicial da partida. Foi, aliás, um jogo de contrastes, em que os encarnados desperdiçaram primeiro e materializaram depois e os vila-condenses controlaram as operações durante um período significativo do primeiro tempo para depois se desordenarem por completo. Ainda assim, o Benfica até entrou bem no jogo, parecendo que cedo colocaria a nu as fragilidades de um Rio Ave desfalcado mas que continua a praticar um futebol romântico, positivo para o espetá- culo e, por vezes, também suicida, se considerarmos a incontornável necessidade de somar pontos com regularidade.
Sem que nada o justificasse, a equipa de Miguel Cardoso chegou à vantagem logo aos 9’, fruto de uma jogada de Francisco Geraldes, concluída, de cabeça, por Guedes. Depois do golo, assistiuse, então sim, ao melhor período do Rio Ave. Durante quase meia hora, e perante um Benfica atónito e que não conseguia fazer entrar o último passe, a formação nortenha passou a controlar o ritmo de jogo (só o ritmo, evidentemente) e a criar oportunidades para dilatar a vantagem. Com Francisco Geraldes, estranhamente sem marcação, a pegar na batuta, o Rio Ave gelou a Luz. Primeiro por João Novais (remate ao poste, 11’) e, ligeiramente mais tarde, numa confusão criada e resolvida pela dupla Rúben Dias-Bruno Varela.
Intensidade
O Benfica só retomou verdadeiramente as rédeas do jogo pouco antes do intervalo. Já com Salvio fora do relvado, devido a lesão, Cervi, de livre, proporcionou uma grande defesa a Cássio. Depois disso, Grimaldo e Jonas tiveram o golo nos pés, mas a verdade é que, um tanto injustamente, os encarnados regressaram em branco para o balneário.
Mais intensos, mais inspirados e, acima de tudo, mais eficazes, os homens de Rui Vitória acabariam, então, por construir um triunfo robusto e colocar a nu as lacunas defensivas do Rio Ave, que, muito mais pressionado, acabou por descontrolar-se.
Aos 49’, Jardel empatou o jogo e, aos 63’, por Pizzi, o Benfica passou para a frente do marcador, num momento em que já assinara algumas brilhantes jogadas de envolvimento entre a linha média e os elementos mais
avançados, principalmente os que atuavam pelas alas. Sempre num ritmo elevado, e deixando sempre transparecer uma vontade única de querer agradar aos adeptos, como que a recompensá-los pelo início de época menos positivo e, mais concretamente, como resposta ao recente empate no Restelo, o Benfica chegou ao KO. Não tirando o pé do acelerador, as águias fizeram o 3-1, com o golo da praxe de Jonas, e a discussão do vencedor da partida terminou imediatamente. O último quarto de hora do encontro tornou-se demasiado penoso para Rio Ave, enquanto o Benfica deslizou na sua gloriosa passadeira. Rúben Dias redimiuse do erro no golo do Rio Ave e fez o 4-1, enquanto Jiménez, novamente suplente utilizado, fixou o resultado nemcinco minutos depois.
A novidade Zivkovic
Por estranho que pareça, a eficácia do novo 4x3x3 de Rui Vitória, agora com Zivkovic a titular (João Carvalho regressou ao banco de suplentes) foi inconclusiva. Em parte substancial da primeira parte, pura e simplesmente não funcionou. No segundo tempo, a fraca réplica do Rio Ave não permitiu que se retirassem ilações. *