Record (Portugal)

“Nunca pensámos que íamos perder”

- PEDRO GONÇALO PINTO

Resignado com o desaire, o técnico dos leões confessou que não lhe tinha passado pela cabeça a hipótese de cair na Amoreira. Além disso, salientou o papel decisivo do vento na estratégia vitoriosa dos canarinhos

Que análise faz àpartida?

– O que conta é a derrota. Foi um jogo atípico, que preparámos com algum cuidado. Mas houve um fator para o qual não estávamos preparados que era o vento e a qualidade nos cantos. O Estoril teve cantos muito perigosos que nos criaram dificuldad­es. Com o Estoril na frente, a equipa teve de arriscar muito mais, mas gostei da 1ª parte. Ficámos a perder por 2-0, mas com muitas situações para fazer golo. Várias vezes podíamos ter feito o 10, 2-1, 1-1… O Sporting não foi uma equipa concretiza­dora. Depois passámos a jogar mais com o coração, com menos ideias e alguma dificuldad­e. Perdemos ao fim de 21 jornadas e nunca pensámos que íamos perder. Podíamos não ganhar, mas nunca pensámos sair daqui com uma derrota. Temos de estar preparados para as vitórias mas também para estes jogos. –Estorilé umjusto vencedor? Que repercussõ­es estaderrot­atem?

– O Estoril foi um justo vencedor, claro. Ficamos com menos três pontos, só isso. É a primeira derrota ao fim de 21 jogos. Continuamo­s na luta com os três todos juntos.

– A derrota abala a equipa para o jogo como FC Porto?

– Este é o 38º jogo do Sporting em Portugal e ainda não tinha perdido. Porque perde, que repercussõ­es pode ter? Perdemos três pontos, só isso. Esta equipa não sabia o que era perder e por isso é que estava em 1º. –Ficou insatisfei­to como VAR?

– O VAR analisou os lances que tinha de analisar. Já estou farto de dizer que o VAR veio para acrescenta­r à verdade desportiva. Não é por ter perdido que digo que o VAR não esteve bem.

– A ausência de Bas Dost e Gelson Martins fez adiferença?

– Não perdemos só o Bas e o Gelson. Perdemos o Podence que também é determinan­te, mas isso não é desculpa. Perdemos velocidade, mas não foi por causa deles que perdemos. São jogadores fundamenta­is, mas temos de arranjar soluções. Se vão recuperar para quarta-feira? Não sei. O Sporting quase não treina, só recupera. Não tem tempo para preparar jogos e experiment­ar o jogador A ou B nos treinos.

–As dimensões reduzidas do campo influencia­ram o jogo?

– O que influencio­u foi o vento e a qualidade dos batedores nos cantos do Estoril. São jogadores que conhecem a casa, devem treinar ‘ene’ vezes estas batidas e não vínhamos preparados. Na 2ª parte tivemos 10 cantos e não conseguimo­s fazer aquilo que os do Estoril fizeram. *

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