Record (Portugal)

PIQUÉ EVITA AFOGAMENTO

Central deu o empate ao Barcelona, mas borrou a pintura ao mandar calar os adeptos do Espanyol

- NUNO POMBO

Piqué salvou o Barcelona do afogamento no pântano do Cornellà, oferecendo à equipa de Valverde um empate (1-1), diante do Espanyol, que lhe permitiu recolocar o Real Madrid a 19 pontos. Nunca o Barça ultrapassa­ra a 22ª ronda sem conhecer a derrota! Chamar tapete verde ao relvado do Espanyol seria quase um insulto. Parecia, isso sim, um charco, sobretudo no miolo. A bola prendia, a aquaplanag­em tornava-se inevitável. Valverde deu a titularida­de a Semedo e deixou Messi no banco. O Pulga era até ontem totalista na Liga. Só por duas vezes, ambas na Champions, começara no banco em 2017/18. A última vez sucedera a 5 de dezembro... com o Sporting. Foi já com Leo em campo que Moreno (66’) colocou o Espanyol em vantagem, apontando o 9º golo na Liga. Messi viria a cobrar o livre para o tento de Piqué (82’), que rubricou o 39º golo pelo Barça, o sexto ao Espanyol, a vítima predileta. O central borrou a pintura ao mandar calar os adeptos com um gesto que poderá ser confundido com... uns cornos.

Tumulto e insultos racistas

Piqué justificou o gesto. “Mandar calar o campo do Espanyol é o mínimo que posso fazer. Queixamse disto mas não investigam os insultos à minha família. O Espanyol é de Cornellà e tem um presidente chinês, está desenraiza­do de Barcelona!”, sublinhou. O árbitro Gil Manzano escreveu na ata que após o jogo houve uma acalorada discussão (sem agressões) no túnel entre jogadores e técnicos. A imprensa avançou que Sergio García dirigiu insultos racistas a Umtiti e que Piqué teve de separá-los.

“O GESTO? ERA O MÍNIMO QUE PODIA FAZER! QUEIXAM-SE DISTO, MAS NÃO INVESTIGAM OS INSULTOS À MINHA FAMÍLIA”

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EM FOCO. Piqué aqueceu um dérbi marcado por chuva forte

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