“É como tirar um 20 na escola”
Está feito”, disse Inês Monteiro, após a festa em Mira, enquanto uma colega admitia que lhe tinham “tirado uma tonelada dos ombros”, numa alusão a um título coletivo suado e merecido. Confrontado se também se sentia assim, Carlos Silva, coordenador do atletismo do Sporting, apenas afirmava que se tinha ultrapassado uma etapa, “com numa equipa que tem espírito de missão, objetivos bem definidos, e trabalho para os alcançar”.
E, enfatizando o título, diria ainda que “cada um, à sua maneira, é difícil de conseguir, é como tirar um 20 na escola! A vitória é um merecido prémio de todo um trabalho que foi feito e que me deixa um técnico feliz por trabalhar com todos estes atletas, que demonstraram alegria e competência”.
Carlos Silva tinha ainda um agradecimento especial ao “presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, e ao vice-presidente, doutor Rui Caeiro, pela confiança que mostraram no projeto”. David Kiplangat, embora per- cebendo inglês, quase não falava e apenas se mostrava radiante com o triunfo coletivo, contagiado pela alegria reinante, com Rui Pedro Silva a ser o melhor português. “Eu estava a fazer uma corrida com olhos na frente, num percurso duro, para poder fazer o melhor, o que foi possível com toda esta gente a apoiar-nos e a gritar o nosso nome.” Um apoio sentido especialmente pelo atleta de Mira, Licínio Pimentel, capitão de equipa, que estava radiante com uma “vitória arrancada a ferros”. Emocionada estava ainda a capitã feminina, Sara Moreira. “Foi um dia de sonho, com uma equipa de sonho. Era o grande objetivo da época, e depois da aposta do clube nós tínhamos de retribuir. A aposta foi ganha.” Já Jéssica Augusto sentiu-se “com missão cumprida. O percurso é um espetáculo, mas parti mal e só no final da 2ª volta consegui entrar no ritmo. Foi uma corrida emocionante, pois Mira vestiu-se de verde e era toda a gente a puxar por mim”. *