AUTARQUIAS PAGAM VERBAS LEGAIS
Promoção regional e visibilidade a eventos locais justifica gastos na ordem dos 400 mil euros
O FC Porto e o Porto Canal não foram contactados por entidades policiais nem pelo Ministério Público no âmbito dos serviços prestados a várias Câmaras Municipais da Zona Norte e que implicaram o encaixe de verbas como contrapartida. Ao que Record apurou, todos os valores ontem noticiados eram públicos e, atestam várias fontes, “são legais”. Contactada pelo nosso jornal, fonte da estação começou por referir que os 400 mil euros investidos pelas autarquias nos últimos três anos “têm um peso diminuto no bolo de receitas do Porto Canal”, que na época passada foi de 6,7 milhões de euros.
As verbas autárquicas são justificadas como forma de pagamento de iniciativas e reportagens, bem como a promoção e divulgação de eventos culturais de várias cidades. O Porto Canal, como se sabe, não se trata de uma estação televisiva de um clube de futebol e “70 por cento da programação nada tem a ver com o FC Porto”, reforçaram ao nosso jornal.
“Somos um canal de território e temos protocolos que visam divulgar a região. Nesse contexto, o Porto Canal faz serviço público. Estão a confundir uma guerra de futebol com um canal de televisão. O Porto Canal produz conteúdos e tem de pagar os seus meios. Não podemos fazer conteúdos para oferecer às Câmaras. Seguimos todos os trâmites legais e nada nos pode ser apontado”, prosseguiu a mesma fonte. As autarquias contactadas pelo nosso jornal defendem-se, alegando que o Porto Canal é a única televisão de cariz local do Porto e a única que cobre com regularidade ações culturais a norte. *
FONTE DA ESTAÇÃO EXPLICA QUE “70% DA PROGRAMAÇÃO NADA TEM A VER COM O FC PORTO” E QUE “FAZ SERVIÇO PÚBLICO”