BANDEIRA CEGA VAR
Aves começou a amassar e acabou a controla rum Boavista sem argumentos e estranhamente apático
EQUIPA DA CASA MANTÉM-SE EM ÚLTIMO LUGAR, MAS MOSTROU TER CONDIÇÕES PARA DEIXAR A CAUDA DA TABELA RAPIDAMENTE
O Aves já saiu dos cuidados intensivos e está autorizado a receber visitas. A frase, adaptada de uma recente declaração de Carlos Carvalhal, encaixa que nem uma luva na realidade que José Mota tem pela frente. A equipa continua em último lugar, mas este triunfo categórico sobre o Boavista deixou bons sinais para o que aí vem. A qualidade está toda lá e só falta unir as peças e começar a vencer. E, ontem, talvez tenha sido o prin- cípio da tão desejada retoma. Depois dos triunfos de Estoril e V. Setúbal, o Aves estava avisado de que um novo deslize poderia ser fatal. A pressão de vencer fez bem à equipa, que começou o jogo de forma autoritária e cedo colocou o Boavista em sentido. Amilton deixou um primeiro aviso logo aos 2 minutos e, aos 7, foi agarrado por Rossi em plena área. Penálti assinalado e golo de Paulo Machado. Um início de sonho, que não levou a equipa de José Mota a tirar o pé do acelerador. Pressão alta, recupe- rações em zonas adiantadas do terreno e muito veneno nos ataques. O Boavista não respirava e não mostrava pingo de inspiração para colocar Adriano em alerta. Jorge Simão tentou agitar as águas, mas quando se preparava para lançar Kuca e Rochinha, viu Alexandre Guedes aumentar a vantagem, aos 44 minutos. Fez-se justiça no marcador, uma vez que o avançado avense já tinha desperdiçado duas boas oportunida- des, tendo numa delas acertado na barra depois de um remate fabuloso à meia-volta.
A 2ª parte começou como a primeira, com um Aves efetivo e um Boavista sem ideias. O ferro da baliza de Vagner voltou a abanar com um remate de Nildo e, aos 70 minutos, Vítor Gomes colocou um ponto final no jogo. Depois foi controlar e esperar que o tempo passasse. Uma noite perfeita para José Mota. E auspiciosa!