Record (Portugal)

“Modelo das equipas B teve grande sucesso”

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Já percebemos que as equipas B não estão em risco, mas, para todos os efeitos, aumenta a taxa de inscrição e colocam-se aqui mais dificuldad­es,até porqueocam­peonato vaiser mais reduzido...

PP - Vamos fechar, no final desta semana, um estudo exaustivo, que fizemos nos últimos cinco anos, sobre o que foi o retorno do investimen­to nas equipas B no período em causa. Aquilo que nós podemos dizer é que foi um modelo de grande sucesso. E vou dar alguns números para que se perceba. Nós fomos campeões da Europa em 2016 e, dos 23 jogadores convocados, 9 tinham passado pelas equipas B. Das Seleções jovens em 2016/17 – dos sub21, 9 jogadores passaram pelas equipas B; dos sub-20, foram 27; dos sub-19, foram 10. No Mundial de sub-20, na Coreia do Sul, em junho de 2017, onde nós chegámos aos quartos-de-final, dos 21 jogadores que lá estiveram, 20 tinham passados pelas equipas B. Na época 2016/17, cerca de 30 por cento dos jogadores da Liga NOS estiveram nas equipas B. O último valor, que para mimé absolutame­nte elucidativ­o da grande vantagem de estas equipas estarem nas competiçõe­s profission­ais: nos últimos cinco anos, Benfica, Sporting, FC Porto, V. Guimarães e Sp. Braga fizeram em mais-valias, relativas a jogadores que passaram pelas equipas B, 375 milhões de euros!

Por que se vaimexer?

PP - Quando cheguei, em 2015, a 2ª Liga tinha 24 equipas, pelo que era obrigatóri­o fazer um emagrecime­nto. Os ciclos das equipas B rediscutem-se de três em três anos. Portanto, agora é o momento de fechar o ciclo. Obviamente que esta discussão tem de ter a FPF por base. Queremos dar a possibilid­ade ao jovem jogador português de se posicionar, de fazer a transição entre o campeonato de sub-19 e o sénior. Aquilo que se analisa, neste momento, é se existirá ou não um espaço para mais uma categoria de sub-21 ou sub-23 sob a égide da FPF. No fundo, um patamar intermédio. Tenho claro que este é um modelo de sucesso, até porque as competiçõe­s profission­ais permitem aos jogadores disputarem os seus jogos num conjunto de infraestru­turas que já são profission­ais e de estarem sob determinad­os regulament­os profission­ais. São mais-valias completas. *

“BENFICA, SPORTING, FC PORTO, V. GUIMARÃES E SP. BRAGA FIZERAM MAIS-VALIAS DE 375 MILHÕES DE EUROS!”

gem às sociedades desportiva­s no que diz respeito às vistorias técnicas. Isso acontece, e acontece de forma repetida. Tudo temos feito para que os clubes façam os investimen­tos nas suas próprias infraestru­turas. A Liga tem investido muito naquilo que diz respeito à segurança dos espectador­es e em momento algum nós podemos permitir que esse bem maior possa ser posto em causa. Vamos esperar com toda a tranquilid­ade para ver o que este processo vai dar. Queremos decisões rápidas também relativame­nte a isso. Não queremos obviamente que um campeonato possa ser decidido por uma razão administra­tiva. Mas os regulament­os têm de ser cumpridos. *

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