Record (Portugal)

“Temos todas as possibilid­ades de estar no Jamor”

- JOSÉ MIGUEL MACHADO

Técnico considera que o Sporting “não merecia perder o jogo” e fala em muita esperança e confiança para a 2.ª mão em Alvalade

Que análise faz ao jogo?

– Foi apenas a primeira parte desta eliminatór­ia. Vamos para Alvalade com confiança e esperança de que temos todas as possibilid­ades de estar no Jamor. Dos três jogos entre as equipas, este foi o melhor de ambas. Foi um grande jogo e devia ter tido mais golos. O Sporting esteve bem, principalm­ente na segunda parte, onde foi mais forte e teve várias oportunida­des nítidas de golo. O FC Porto fez um golo numa jogada precedida de uma falta sobre o Bruno Fernandes. Depois teve mérito, é um excelente cruzamento e um bom cabeceamen­to. As duas equipas mereciam ter feito mais golos, era jogo de 2-2 ou 3-3. O Sporting não merecia perder, mas no futebol a diferença é entre marca mais e sofre menos.

– Disse que o Gelson e o Bas Dost eram 50 por cento da equipa. O que mudou ter Gelson e o que muda ainda não ter Bas Dost?

– Disse que o Bas Dost e o Gelson eram 50 por cento do jogo ofensivo da equipa. São coisas completame­nte diferentes. São os jogadores que fazem mais golos, mais assistênci­as, o que dá mais influência no jogo ofensivo, não da equipa. O Bas Dost é um goleador e tem influência. Ao perdê-lo, o que tenho de arranjar é outro ponta-de-lança que marque golos. Não está fácil, temos lançado o Doumbia, e o Montero aos poucos. Não temos tido aquele ponta-delança que vá fazendo um golinho hoje, outro amanhã. Já ficávamos contentes...

– Está a ser difícil gerir a equipa com tantos jogos?

– Ainda ninguém me fez uma pergunta. Porque é que o William não estava? Até parece que é um jogador normal… Mas não é. É mais um problema. Basicament­e não treinámos, não preparámos o jogo. E isto vai deixando sequelas. O William foi um desses casos, teve um problema físico depois do Estoril, nada de especial, mas não deu para jogar. Quem quer estar nas frentes todas tem de pagar por esse sucesso. Mas nós que- remos estar nelas. Agora, com a expulsão do Acuña, perdemos mais um do onze habitual. Tudo isso retira rendimento à equipa, claro. Mas não podemos fazer nada. Vamos para Alvalade com muita esperança e confiança de que estaremos no Jamor. Pela nossa qualidade e pelo que mostrámos aqui.

– A estratégia de três centrais falhou?

– Três centrais? Foi um Sporting que teve várias chances de golo, mas não as concretizo­u. O FC Porto também as teve, claro. A equipa esteve segura em termos defensivos. Jogámos com um posicionam­ento diferente do Piccini, mas também do Gelson. Isso não quer dizer que tenhamos jogado com três centrais. *

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CONFIANTE. Jesus aposta na 2.ª mão

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