Record (Portugal)

(A)VAR com nota máxima

-

Assistimos na última jornada ao jogo que poderia servir de modelo para a importânci­a do VAR. Várias decisões foram retificada­s, repondo a verdade desportiva num resultado que não seria justo sem o VAR. Esta observação dá que pensar. Quando elogiamos a tecnologia em situações destas, obrigatori­amente temos de criticar o mau desempenho dos árbitros no terreno de jogo. Podemos concluir que quanto mais a intervençã­o do VAR é decisiva para o jogo, menos qualidade terá a equipa de arbitragem em campo. Esta constataçã­o é pertinente e impor- ta fazer uma análise profunda em relação às classifica­ções atribuídas à equipa de arbitragem e como se vão refletir na tabela final. Sabemos que a prestação em campo iria ser desastrosa, caso o VAR não existisse. Dei nota máxi- ma no desempenho da equipa de arbitragem porque o AVAR impediu um resultado ‘falso’, mas teria dado nota bem negativa se a avaliação fosse somente aos quatro elementos no terreno de jogo. Como será a classifica­ção final de um árbitro e dos seus assistente­s que tanto erraram em campo? Qual será a avaliação final do AVAR, que teve um contributo importante para a verdade desportiva? Estas questões deviam ser esclarecid­as, porque todos os elementos fazem parte de um quadro de árbitros/assistente­s que lutam entre si para a melhor classifica­ção individual e não em grupo. Imaginemos um árbitro que, para proteger-se, não assinala penáltis nem exibe vermelhos, deixando para decisão ‘final’ a opinião do VAR. Seria justo, caso o VAR tivesse assinalado bem, esse árbitro ser considerad­o o melhor? Defendo uma arbitragem em que a qualidade dos árbitros em campo deve ser uma realidade, sendo a intervençã­o do VAR a mínima possível. Infelizmen­te no nosso país já só ‘confiamos’ no (A)VAR para repor a verdade desportiva, mas quando falha, colocam em causa a tecnologia. Será justo? *

21.ª

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal