CLÁSSICOS DAS NOVAS OPORTUNIDADES
Sete árbitros diferentes apitaram jogos grandes com Fontelas Gomes a fazer as nomeações
A 1ª mão das meias-finais da Taça de Portugal entre FC Porto e Sporting marcou a estreia de João Pinheiro em clássicos. O árbitro, de 30 anos, foi a mais recente aposta do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, dando sequência a um equilíbrio nas nomeações desde que José Fontelas Gomes assumiu a liderança em 2016/17. Para se ter noção, houve 11 jogos entre grandes desde o arranque da temporada passada e nenhum árbitro apitou mais do que dois duelos. Artur Soares Dias, Jorge Sousa, Carlos Xistra e Hugo Miguel repetiram a responsabilidade, enquanto Tiago Martins, Nuno Almeida – o único não internacional – e João Pinheiro foram nomeados para um clássico cada. Esta mudança de paradigma ganha ainda mais expressão quando comparamos com os números de 2015/16, época na qual Soares Dias dirigiu quatro duelos entre grandes, Jorge Sousa apitou dois e tanto Hugo Miguel como Carlos Xistra ajuizaram um. Assim, o CA garante, por um lado, mais opções para os jogos mais importantes, enquanto árbitros experientes, como Nuno Almeida, estão a ser ‘recuperados’. De certa forma, o leque de opções fica menos dependente de Soares Dias e Jorge Sousa, por exemplo, como acontecia no pas- sado, até para fazer face a outras circunstâncias: Soares Dias esteve na Taça das Confederações, no Mundial de Clubes e no Mundial sub-17, Jorge Sousa e Tiago Martins participaram em cursos, entre outros.
Novas hipóteses
Com esta mudança de paradigma, abre-se a porta também para Fábio Veríssimo e Luís Godinho, os únicos internacionais que nunca apitaram clássicos na carreira. De resto, apenas Hélder Malheiro e os estagiários Vítor Ferreira e António Nobre não dirigiram encontros a envolver os grandes esta época. *