Record (Portugal)

COMO SÉRGIO OLIVEIRA CONVENCEU CONCEIÇÃO

Foi estrela prematura e teve de descer à terra para trilhar um caminho que o fez regressar à ribalta

- RUI SOUSA

Sérgio Oliveira é a nova coqueluche da equipa do FC Porto, tendo brilhado nos recentes duelos frente ao Sp. Braga e Sporting e ajudado a colmatar a ausência de alguém que era visto como insubstitu­ível no meio-campo dos dragões: Danilo Pereira. O jovem formado nas escolas do clube chegou ao lugar de sonho e procura agora consolidar-se entre os titulares, afastando de vez o estigma de que só rendia num miolo de três unidades.

Ao lado de Héctor Herrera, Sérgio Oliveira tornou-se um caso sério, não só a defender como também no momento ofensivo. Marcou um golo e fez uma assistênci­a que se revelaram decisivos para os triunfos portistas, demonstran­do que pode acrescenta­r algo mais numa máquina que, mesmo estando a funcionar bem, pode sempre receber suplemento­s de qualidade. Um exemplo que Sérgio Conceição quer ver em todo o grupo, apontando-o como um “aziado quando não joga”, mas que quando é chamado está pronto para dar o máximo. Quem acompanhou o início da sua carreira conhece essa ‘azia’ que nada tem de negativa. É algo que leva o médio, de 25 anos, a superar-se a cada desafio que lhe surge pela frente. Disso mesmo deram conta Diogo Viana, atual jogador do Belenenses e que foi seu companheir­o no Penafiel, André Marques e Filipe Anunciação.

Enriquecim­ento

Aos 17 anos, Sérgio Oliveira foi estrela prematura, quando se estreou na equipa principal do FC Porto, e viu-lhe atribuída uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros. Essa carga caiu-lhe sobre os ombros e o jovem médio pode- ria ter sido mais um talento a ficar pelo caminho, mas a tal azia que demonstrav­a quando não jogava transformo­u-se num fator de motivação. Depois de épocas com utilizaçõe­s residuais no BeiraMar, Mechelen (Bélgica) e Penafiel, regressou ao FC Porto para jogar na equipa B, de onde saiu para o P. Ferreira. Foi aí que deu um passo decisivo na carreira, construind­o os alicerces para voltar ao Dragão pela porta grande. José Peseiro deu-lhe protagonis­mo, mas logo a seguir Nuno Espírito Santo rejeitou-o, levando a nova saída, desta vez para o Nantes. Mesmo nunca tendo ganho a titularida­de [ver artigo secundário], retirou aspetos positivos para voltar ao clube do coração para se afirmar em definitivo. *

CAIU POR TERRA O ESTIGMA DE QUE SÓ PODERIA JOGAR NUM ESQUEMA DE TRÊS MÉDIOS E CONVENCEU O TREINADOR

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