Record (Portugal)

“CONTINUO A FALAR COM JESUS POR MENSAGEM”

Emprestado ao Colón, o médio-ofensivo, de 24 anos, recorda o período em que esteve suspenso em Alvalade. Assegura que nada o demoveu de sair, deseja o melhor ao treinador e aos ex-companheir­os e torce pelo título

- ALEJANDRO PANFIL. BUENOS AIRES

“TEMOS DE SER SEMPRE FORTES MENTALMENT­E. BRYAN RUIZ DEMONSTROU-O, É UM GRANDE PROFISSION­AL” “QUANDO DECIDI QUE TINHA DE SAIR? QUANDO ME PUSERAM A TREINAR SOZINHO. NADA ME FEZ MUDAR DE IDEIAS”

Como ficaram as suas relações com o Sporting, e especialme­nte com Jorge Jesus, após a saída do clube? ALAN RUIZ – Muito bem. De facto, hoje em dia, continuo a falar com ele por mensagem de texto. Por isso, desejo-lhe o melhor e os maiores êxitos possíveis.

Encontrou-se pessoalmen­te com Jesus e com dirigentes do clube? AR – Sim, sim. Tivemos conversas muito importante­s. Ajudaram-me muito para poder vir. O que disse para fechar esta etapa na sua carreira?

AR – Apoiaram a minha decisão. O que se passa é que quando tomo uma decisão firme não há nada que me faça mudar de opinião. Expliquei-lhes e souberam entender. Por isso, no Sporting, também me ajudaram a poder vir. Que balanço faz da sua passagem pelo Sporting?

AR – Um balanço tranquilo. Sempre procurei desfrutar, nos bons e maus momentos, porque nos maus momentos também se aprende.

Como era a relação com os seus companheir­os durante o período em que esteve afastado do plantel? AR – Era boa, tranquila. Falava com eles depois dos treinos, juntávamo-nos para comermos. Normal! Não podia partilhar o balneário, mas treinava com os não convocados. Assim, via-os sempre.

Para um futebolist­a, o mais importante é jogar. O que sentia nesse momento em que esteve afastado? Dor? Raiva? Desejo de vingança? AR – Nesse momento, tinha de estar tranquilo, porque para um jogador 90 por cento passa pela capacidade mental. Perder a serenidade não serve de nada. Temos de ser sempre fortes mentalment­e. Bryan Ruiz demonstrou­o, é um grande profission­al. Temos de ser fortes mentalment­e, nada mais.

Para fechar o tema: qual é a sua versão dos acontecime­ntos do jogo com o Vilaverden­se, em que atirou o casaco após ter sido substituíd­o? AR – Não tenho nada a dizer, porque qualquer jogador sai insatisfei­to do campo.

Quando é que decidiu que era o momento de sair?

AR – Desde o momento em que me puseram a treinar sozinho. Pus na cabeça que tinha de sair e não houve nada que me fizesse mudar de ideias.

Como é que vê o Sporting a lutar pelo título? Pensa que tem possibilid­ades de ser campeão? AR – Espero que sim e que ganhe o máximo de troféus possível. Agora não vejo muitos jogos, mas mantenho-me em contacto com

muitos antigos companheir­os. Desejo-lhes o melhor.

Gostava de Lisboa, do quotidiano da cidade?

AR – Sim, mas a verdade é que sou muito tranquilo e gosto muito de estar com a família.

Como é que as pessoas o tratavam nas ruas?

AR – Bem, muito bem. Nunca ninguém me disse nada e sempre me trataram bem nas ruas.

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