Record (Portugal)

OLIMPO MERECIDO

Foi num dia 10, com o melhor do Mundo a sair lesionado, que Portugal se sagrou campeão da Europa

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E a história continua a repetirse. A Seleção Nacional sagrou-se ontem pela primeira vez campeã europeia de futsal, num jogo decidido no prolongame­nto frente à formação que venceu sete das até então dez edições disputadas. Portugal escreveu o seu nome na história num jogo épico, a fazer lembrar a final de Paris: realizou-se num dia 10, o seu capitão e melhor do Mundo, Ricardinho, saiu lesionado (curiosamen­te o dono da camisola de CR7, Bruno Coelho também se magoou) e foi preciso tempo extra para haver uma decisão. O herói do jogo foi Bruno Coelho. O ala saiu lesionado aos 8 minutos e esteve muito tempo no banco. Entrou novamente aos 26. Jogou pouco, mas o suficiente para resolver. Aos 39’, voou para um remate e fez o 2-2 e, no último minuto, do prolongame­nto, fez o 3-2 que valeu o título.

A formação das quinas entrou praticamen­te a ganhar, com Ri- cardinho a aproveitar uma perda de bola de Miguelín para rematar colocado, logo no primeiro minuto. A Espanha não se deixou abalar e começou a pressionar alto. Os novos campeões da Europa defendiam bem, mas não conseguiam sair em contra-ataque. No último minuto antes do descanso Marc Tolrà restabelec­eu a igualdade. Na segunda parte, a Espanha ten- tou aplicar o seu poderio físico, com Portugal a defender bem e a tentar apostar nas transições, mas nem sempre foi bem-sucedido. A bola teimava em não entrar, os passes saíam falhados e os espanhóis acabavam por fazer a reviravolt­a por Lin, aos 32 minutos. Quando os adeptos espanhóis já cantavam vitória, Bruno Coelho saiu do banco e fez o 2-2. Já no minuto 40, Nilson quase evitou o prolongame­nto. No tempo extra, André Sousa, um dos jogadores que mais brilhou, tal como o homólogo espa- nhol, evitou o golo contra. Já nos últimos 5 minutos, o público quase desesperou com a saída de Ricardinho, após uma disputa com Pola, companheir­o de equipa no Inter Movistar, e o destino funcionou. Um campeão a chorar no banco, um grupo cheio de alma e Bruno Coelho a carimbar o nome de Portugal na história com um livre de 10 metros. *

UM CAMPEÃO A CHORAR NO BANCO, UM GRUPO CHEIO DE ALMA E BRUNO COELHO A CARIMBAR LUGAR NA HISTÓRIA

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