Record (Portugal)

Mobilidade do dragão

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FC Porto passou com distinção num teste difícil e provou à concorrênc­ia que tem plantel para estar nas várias frentes sem perder qualidade. Num campo difícil e frente a um Chaves que gosta de ter bola, Sérgio Conceição surpreende­u ao entrar sem dois habituais titulares e dos mais importante­s da equipa. Brahimi, normalment­e o maior desequilib­rador no ataque, e Ricardo, o lateral-direito em destaque nos últimos jogos. O técnico poupou os dois para o Liverpool e a verda-

EM VANTAGEM, CONCEIÇÃO MUDOU OTÁVIO PARA A DIREITA E PASSOU MAREGA PARA O LADO DE SOARES

de é que o jogo lhe deu razão. Quem não viu os jogos anteriores, pensaria que este era o onze ideal dos dragões. Com Corona e Marega abertos nas faixas, atrasando assim os avanços de Paulinho e Djavan, o FC Porto começou a ganhar vantagem no centro com o triângulo do meio-campo [1]. Sérgio mais recuado e Herrera e Otávio com liberdade para atacar.. Ou seja, Felipe Melo teve várias vezes de atacar o homem da bola deixando outro solto. A primeira real ameaça surgiu num lance desses, com Herrera a aparecer sozinho à entrada da área. Aqualidade de passe de Sérgio Oliveira e a velocidade e instinto matador de Soares permitiram aos visitantes o primeiro golo. Em vantagem, Sérgio Conceição mudou o esquema, revelando um dos seus trunfos esta época: a mobilidade dos homens mais ofensivos. Otávio, que era o mais marcado no meio, passou para o lado direito e Marega foi para o centro do ataque, jogando ao lado de Soares, passando o dragão, quando tinha a bola, para um 4x4x2 [2]. Com esse novo esquema, até passou a ser Sérgio Oliveira a avançar mais com a bola ficando Herrera mais recuado. O Chaves pareceu com mais dificuldad­es perante tanta gente e isso mesmo ficou provado no lance do segundo golo. Sem bola, Otávio fugiu para o meio e abriu espaço para Maxi avançar pela direita, o FC Porto colocou assim três homens dentro da área e foi Soares quem respondeu ao centro do uruguaio. Adefesa flaviense assistiu a tudo isto sem grande reação, parecendo toda a jogada até simples de executar mas na verdade só foi possível graças à qualidade dos portistas. Com o terceiro golo (57’), o FC Porto resolveu praticamen­te o jogo e permitiu a Sérgio Conceição dar descanso a Marega. Entrou Waris para a esquerda e Corona passou para a direita [3], mostrando mais uma variante do ataque.

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