“Mais um médio foi importante”
Treinador alterou o sistema e as dinâmicas para o jogo de ontem e a estratégia não podia ter sido mais bem delineada. Aentrada de Otávio foi fundamental e o autor das mudanças não escondeu a satisfação
Satisfeito por ter ganho num estádio onde o Chaves não perdia desde agosto?
– Claro que sim. Sabíamos que íamos encontrar uma equipa que só tinha perdido dois jogos em casa. O Chaves tem feito um trajeto muito interessante, é uma equipa que gosta de ter bola, que gosta de sair a jogar desde trás. Tentámos contrariar isso sem nunca abdicar de sermos uma equipa objetiva, vertical, à procura de condicionar o adversário e de tentar chegar o mais rápido possível com critério ao último terço. Na 1.ª parte marcámos dois golos, tivemos oportunidades para fazer outros. Só me lembro de uma intervenção do José Sá. Estávamos precavidos para a dinâmica dos alas e dos laterais do Chaves. Preparámos bem o jogo com a presença de mais um médio-ofensivo em detrimento de um avançado.
–Foi uma resposta a quem diz que temumplantelcurto?
– Não preparo a equipa a pensar no que dizem. Achava que a presença de um médio-ofensivo ia ser muito importante. O Otávio pressionava perto do Soares, mas depois era mais um médio a sair com bola. O Brahimi tem feito muitos jogos e, pela fadiga, o seu rendimento tem diminuído. Preparei o jogo com os onzes jogadores que pensei que eram os melhores para este jogo.
– Avitória por 4-0 superou as suas expectativas?
– Criámos ocasiões suficientes para justificar este resultado. Ainda tivemos bolas na trave, mas mais golos seria exagerado para o que o Chaves fez. Importante é realçar o jogo consistente que fizemos. –Quecomentário lhe merece ofacto de a sua equipa ter tido menos posse de bolado que o Chaves?
– Até ao 0-2 obrigámos o Chaves a bater bolas. Somos muito fortes na primeira bola e a na aproximação à segunda. Depois demos iniciativa ao Chaves para depois o ferir em outros momentos do jogo. A posse de bola diz-nos pouco até porque 20 ou 30 por cento dessa posse foi no meio-campo defensivo do Cha- ves e aí não causam perigo.
– A que se deve esta evolução do Sérgio Oliveira?
– Ele tem aproveitado as oportunidades. Está a fazer o que lhe compete. Dá sempre o máximo em prol da equipa. Há muitos jogadores que fazem três ou quatro bons jogos. O mais importante é conseguir dar continuidade a isso.
– O Osorio tem condições para jogar como Liverpool?
– Ele tem ritmo. Jogou sempre no Tondela e tenho confiança total. *