CATÃO AVANÇA COM SEGUNDA QUEIXA
Dirigente do Canelas alega que foi associado ao Apito Dourado e diz que vai “até ao fundo”
Vítor Catão, vice-presidente do Canelas, vai avançar com uma segunda queixa-crime contra Luís Filipe Vieira, por entender que o presidente do Benfica o relacionou com o processo Apito Dourado, algo que o dirigente do clube de Gaia não aceita.
Para já, está em curso uma investigação resultante da queixa feita por Catão em novembro passado e que levou
Vieira a ser ouvido anteontem no DIAP, como arguido. Em causa está a eventual prática de crime de difamação. Isto por causa do termo ‘capangas’, que o líder das águias usou para se referir a quatro indivíduos que se encontravam junto aos responsáveis do Benfica no jogo da
Vila das Aves. “Tínhamos quatro capangas, Super Dragões, a ameaçar o Paulo [Gonçalves]”, afirmou Vieira, em entrevista à BTV. A imagem divulgada por Record mostra Catão, o seu filho Vitinho, o sobrinho Paulo e um amigo, Bruno Mendes.
“FALEI COM A MINHA FAMÍLIA E CHEGUEI À CONCLUSÃO QUE FOI MUITO MAU O QUE ME CHAMOU. TEM DE PAGAR”, EXPLICA
Encontro recusado
Para ontem estava marcada a audição de Catão na PSP de Rio Tinto, mas este faltou, alegando razões particulares. Ao nosso jornal, o agora vice-presidente do Canelas (deixou a área desportiva) ga- rantiu que não se contenta com o pedido de desculpas público. “Chamar capanga a uma pessoa que nunca matou, que nunca usou uma pistola, é muito grave. Vou levar o caso até ao fundo, gaste o que gastar. Falei com a minha família e cheguei à conclusão de que foi muito mau o que ele me chamou. Tenho advogados a trabalhar no assunto. Tem de pagar pelo que fez”, deixou claro, assegurando que já foi convidado para um encontro com Vieira: “Sei que já foi ouvido e sei onde quer chegar. Paulo Gonçalves disse-me que se quisesse ir ter com ele a um hotel em Coimbra ou em Gaia, quando o Benfica foi jogar ao Dragão, que me pedia desculpas pessoalmente. Eu disse que não, tem de ser na comunicação social.” Desagradado por o Conselho de Disciplina da FPF ter arquivado a denúncia que apresentou contra Vieira, Catão promete nova queixa-crime na justiça cível: “Nunca fiz parte do processo Apito Dourado. Luís Filipe Vieira tem de ser castigado em termos desportivos, porque sou dirigente e ele tratou mal um dirigente.” *