“Não me sinto como se fosse o Éder do futsal”
Protagonistas do Europeu da Eslovénia ainda rejubilam com conquista inédita
O Campeonato da Europa foi conquistado no passado sábado, mas ainda está tudo muito vivo na memória, quer da seleção portuguesa de futsal quer de todos os portugueses. E se dúvidas houvesse, Bruno Coelho, o herói da final, contou qual o estado de alma que ainda se vive. “Passaram-se cinco dias, mas ainda andamos numa euforia tal, que até parece que foi tudo ontem. É só entrevistas para aqui, entrevistas para ali. Estamos todos de parabéns!”, afirmou o ala/fixo que fez o golo da vitória no prolongamento da final, diante da Espanha. O internacional português esteve no Porto, acompanhado pelo companheiro Pedro Cary, na loja da New Balance, no dia em que a marca de artigos desportivos lançou o modelo ‘Fresh Foam LAZR’.
O troféu inédito na história do futsal nacional também fez nomes sonantes do futebol de onze manifestarem-se. “O Ronaldo, o Quaresma, o Bernardo Silva e outros jogadores deixaram mensagens de apoio”, revelou Bruno Coelho, de 30 anos. Instado por Record a responder se se sentia o Éder do futsal nacional, Coelho riu, mas dividiu o protagonismo. “Sintome o Bruno Coelho. Apenas isso. Sou mais um que ajudou. O Éder também deixou mensagem, não para mim, mas para toda a equipa”, frisou.
Por fim, Coelho dissertou sobre os efeitos da vitória para o futsal português. “Esta conquista vai mudar o futsal, principalmente o português. Fizemos um excelente Europeu e só temos a ganhar com isso”, sustentou.
Já Pedro Cary, de 33 anos, agradeceu a todos aqueles que estiveram ao lado da equipa. “A primeira palavra é para todos os portugueses, por todo o apoio que nos deram. Sentimos muito isso e é extremamente gratificante. Depois também estamos envolvidos por um grande sentimento de orgulho, desde a FPF à própria seleção”, referiu, com emoção. “Espero que o facto de sermos campeões europeus sirva para se construir uma nova cultura desportiva. Treinadores, dirigentes, jogadores, todos nós temos o dever de chamar mais praticantes para a modalidade”, vincou o ala. Por último, Cary aproveitou para deixar um alerta: “Temos muito a tendência de comparar futsal e futebol. O futsal tem de ter o seu lugar. Queremos uma modalidade forte e cada vez mais desenvolvida para as nossas crianças.”