Record (Portugal)

Tão longe e tão perto

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Sporting nunca tinha viajado até tão longe na sua história europeia mas valeu a pena pois ficou bem pertinho dos ‘oitavos’ da Liga Europa. Vencer o Astana, não sendo proeza extraordin­ária ou surpreende­nte, é relevante. Porquê? Pela razão suprema de projetar o Sporting para a eliminatór­ia seguinte, mas também por se tratar de um regresso aos triunfos fora seis anos depois de ter ganho em Zurique. Sim, sim, foi o Astana que não é propriamen­te uma equipa temível, mas entre a última vitória fora e aquela que ontem conquistou no Cazaquistã­o houve visitas a adversário­s tão ‘credenciad­os’ como o Horsens, o Vaslui, o Maribor ou o Skenderbeu. E vitórias, nada.

Antes de descolar de Astana, Bruno de Carvalho expressou um pressentim­ento: “possivelme­nte, foi o meu último jogo como presidente”. É verdade. Ao colocar bem alta a fasquia para a continuida­de, o líder leonino expôs-se a esse risco. Não o terá feito de ânimo leve. É difícil aceitar que tenha agido por impulso ou soberba e ninguém acredita que tenha vontade em abandonar a sua cadeira de sonho. Mas que se colocou perto da porta de saída, lá isso é verdade.

Bem longe ficou o Sp. Braga. Há que ser realista: a hipótese de cumprir o objetivo traçado por António Salvador (chegar aos quartos) está no mínimo altamente comprometi­da.

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