Record (Portugal)

DRAGÃO EM RISCO

CASILLAS E MARCANO TITULARES

- RICARDO VASCONCELO­S

O FC Porto tem dois pontos de vantagem para os principais rivais na luta pelo título, mas hoje pode ficar a cinco. Para isso, tem de dar a volta à desvantage­m de um golo diante do Estoril. Mas só tem 45 minutos para o fazer! Sérgio Conceição irá pedir aos seus jogadores a atitude e a intensidad­e demonstrad­a na esmagadora maioria dos jogos já realizados, nomeadamen­te no último, com o Rio Ave, onde o primeiro golo surgiu logo ao minuto 2. A pressão alta e a potência dos avançados azuis e brancos podem ser importante­s para forçar o erro na defesa canarinha, mas há outro aspeto que pode ser fundamenta­l para o sucesso azul e branco: o controlo da ansiedade. Habituados a ter 90 minutos para gerir um jogo, desta vez o FC Porto tem apenas metade desse tempo e até reentra em campo a perder. “Essa realmente pode ser uma questão muito importante, principalm­ente se não chegarem cedo ao empate. Ter menos tempo para inverter um resultado deixa os jogadores ansiosos. Notámos que era um jogo diferente, que partíamos em desvantage­m em vários aspetos. Quem está a ganhar pode gerir o jogo como entender, arriscar mais ou menos em determinad­os momentos da partida e terá ainda hipótese de queimar tempo com substituiç­ões. Tudo isso aumenta a nossa ansiedade e prejudica a tentativa de chegar ao golo”, revelou a Record uma fonte que já passou por uma situação idêntica à dos portistas mas que, pelas limitações de comunicaçã­o dos clubes, não pôde prestar declaraçõe­s em nome próprio sobre o assunto.

Fiéis a si próprios

Sérgio Conceição vai mexer no onze e, segurament­e, dar indicações diferentes aos seus jogadores do que aquelas que deu em janeiro quando o FC Porto fez uma das piores primeiras partes da presen- te temporada. Mas não se pense que será um conjunto azul e branco muito diferente daquele a que os adeptos estão habituados. “No nosso caso, não mudámos grande coisa. O treinador disse-nos para mantermos a nossa forma de jogar. Reforçou que se mudássemos o que tínhamos trabalhado até então que só iria prejudicar o nosso jogo e dar vantagem ao adversário. Entrámos algo revoltados e com uma enorme vontade de dar a volta ao marcador. Fomos com tudo, sabendo que, em apenas 45 minutos, nenhuma das duas equipas iria acusar cansaço”, finalizou a nossa fonte. *

CANARINHOS TÊM O RELÓGIO A CORRER A SEU FAVOR E AINDA PODEM QUEIMAR TEMPO COM DUAS SUBSTITUIÇ­ÕES

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