LUCIANO APAGOU FOGO AO DRAGÃO
NO ÚLTIMO TRIUNFO SOBRE OS PORTISTAS Os algarvios não batem o FC Porto há 31 anos e o avançado fez o golo da vitória em 1986/87
Já lá vão 31 anos, mas o brasileiro Luciano recorda-se “como se fosse hoje” do golo que possibilitou ao Portimonense a última vitória sobre o FC Porto, por 1-0, em 15 de março de 1987. “Conseguimos sair em contra-ataque, o Skoda escapou-se pela esquerda e cruzou, com o falecido Zé Beto a calcular mal a trajetória da bola, que acabou por bater na barra e sobrar para mim”, lembra o antigo avançado, hoje com 54 anos, que ainda recentemente reviu as imagens do momento, que estão disponíveis no YouTube. Desde a fria cidade finlandesa de Lahti (17 graus negativos à hora a que decorreu a conversa com Record), onde reside, Luciano considera que o golo, apontado logo na fase inicial da partida (ao terceiro minuto), “resultou de uma mistura de sorte e de oportunismo”. “O Zé Beto falhou e eu estava no sítio certo, embora ficasse surpreendido, procurando equilibrar-me para não falhar o desvio”, recorda. O FC Porto “tinha uma equipa muito poderosa, que viria a sagrar-se campeã da Europa pouco tempo depois, com jogadores de enorme qualidade, como Paulo Futre, Madjer, Gomes, João Pinto, Sousa e muitos outros”, assinala o antigo avançado alvinegro. Por isso, depois do golo “as nossas preocupações passaram por defender a vantagem e conseguimos ter êxito, não sem passarmos por momentos de dificuldade, como seria natural frente a um adversário com aquela valia”. “Como habitualmente sucedia, ajudei a defender nos lances de bola parada, devido à minha estatura, e sofremos até ao fim”, frisa. A época 1986/87 foi a primeira de Luciano em Portugal e ficou marcada por um feito raro. “Marquei aos três grandes, pois além do golo obtido diante do FC Porto também festejei nos empates com o Sporting (em casa) e Benfica (fora), ambos por 1-1”, sublinha. *
”O ZÉ BETO CALCULOU MAL A TRAJETÓRIA DA BOLA E O GOLO ACABOU POR SER UMA MISTURA DE SORTE E DE OPORTUNISMO”