ACORDO BENFICA/ JESUS PARA PRESERVAR IMAGEM
DOIS ANOS E MEIO DEPOIS Luís Filipe Vieira exigia 14 M€ e JJ o último mês de salário, mas as partes desistiram das queixas
Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus colocaram um ponto final no litígio que mantinham desde a saída do treinador para o Sporting, em 2015 – há mais de dois anos e meio, portanto. Os encarnados exigiam 14 milhões de euros por quebra de contrato, contactos mantidos com um funcionário do Sporting ainda durante a vigência do vínculo ao clube e apropriação de ‘software’ confidencial, enquanto Jesus reivindicava o último mês de salário (junho), mas as partes acabaram por ceder nas suas pretensões. Abdicaram de receber o dinheiro a que entendiam ter direito e justificaram a decisão com a preservação da imagem de cada um dos envolvidos. “A SL Benfica,
SAD e Jorge Jesus vieram reciprocamente desistir dos pedidos por cada um formulados e prescindir das custas de parte respetivas, pondo assim, com a decorrente homologação, fim ao processo. A dimensão das sessões de julgamento arrastaria uma exposição pública que resultaria, porventura, em maior agastamento recíproco, numa escalada geradora de mais danos do que benefícios”, sustenta-se no documento do acordo a que Record teve acesso.
Cada um paga o seu
Há muito que ambos os lados tentavam chegar a entendimento, mas este apenas ficou selado na véspera do início do julgamento. Cada um dos queixosos, sabe o nosso jornal, pagará as suas custas judiciais: o Benfica arcará com a maior fatia, a rondar os 170 mil euros, uma percentagem correspondente aos 14 M€ exigidos, enquanto Jorge Jesus desembolsará aproximadamente 5 mil euros, pelos 300 mil euros de salário que pedia. Numa primeira fase, o acordo previa que a verba fosse entregue a uma instituição de solidariedade, mas essa hipótese foi retirada da mesa. *