Record (Portugal)

Jonas e Rafa abatem muralha

- Filipe Ferreira Miguel Vieira Rafa Jonas Ricardo Bruno santos Gian Assis André Almeida Fejsa Seferovic Pedrinho Jiménez Cervi Jardel Rúben Dias Pizzi

Asumptuosa capacidade de definição de Jonas e a criativida­de acelerativ­a de Rafa a inventar espaços foram a chave para um triunfo contundent­e do Benfica na Mata Real. Ao contrário do que João Henriques previra, os encarnados foram incapazes de impor um ritmo forte no início da partida. Por demérito próprio, fruto da previsibil­idade nos processos de construção, que impediram a entrada no bloco adversário e a chegada a zonas de finalizaçã­o, e da pouca agressivid­ade colocada

ÁGUIAS TORNARAM-SE MAIS AGRESSIVAS E COMEÇARAM A RECUPERAR A BOLA EM ZONAS MAIS ALTAS NA 2ª PARTE

nos duelos. Mas também por muito mérito dos castores, capazes de defender de forma curta e compacta, espraiados num bloco médio-baixo estruturad­o em 4x4x2, e sagazes a explorar o contragolp­e, aproveitan­do as debilidade­s apresentad­as pelo rival no momento de transição defensiva, sobretudo pelos corredores laterais. Aliás, foi a partir de uma perda de bola de Grimaldo [2] que se desenhou o tento inaugural, com Xavier a recuperar, a conduzir – superando Grimaldo e atraindo Jardel –e a oferecer a assistênci­a a Luiz Phellype, hábil a antecipars­e a Rúben Dias. Foram necessário­s 36 minutos –altura em que efetuou o primeiro remate enquadrado –para o despertado­r do Benfica tocar, o que desaguou num final de etapa inicial que foi o mote para uma segunda parte de sentido único. As águias tornaram-se muito mais agressivas e reativas à perda, conseguind­o efetuar recuperaçõ­es em zonas mais altas, o que impediu o Paços de sair para o ataque, e conseguira­m impor velocidade e mobilidade nas suas ações ofensivas, o que permitiu a entrada no espaço entrelinha­s e a chegada permanente a zonas de finalizaçã­o. Contudo, o golo do empate não chegava, o que levou Rui Vitória, aos 59 minutos, a abdicar da organizaçã­o estrutural em 4x1x4x1 para regressar ao 4x4x2 com Jiménez como referência ofensiva. O Benfica abdicou de um jogar mais conectivo, apostando todas as fichas num futebol direto, que encostou o rival às cordas, mas valeu uma sequência de remates bloqueados dada a elevada densidade de jogadores na área pacense. Seria uma contratran­sição pun- gente protagoniz­ada por Rafa [3], arguto a aproveitar um péssimo passe de Assis, a abrir o caminho para a reviravolt­a, que teve prolongame­nto na capacidade para ferir o adversário através de uma construção longa, já com Seferovic em campo. Foi assim que se desenharam o segundo –passe longo de Rúben Dias [1] com Jiménez a ganhar a primeira bola, antes de Seferovic oferecer uma assistênci­a requintada a Jonas –e o terceiro –Rafa veemente a atacar as costas da defesa rival, após desvio aéreo de Jiménez, na sequência de uma bola longa de Bruno Varela –do Benfica.

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal