Record (Portugal)

“Espírito enorme com sofrimento”

- PEDRO MALACÓ E VALTER MARQUES

Assumiu a falta de critério na pressão e circulação no 1º tempo, mas destacou a dinâmica e velocidade após o descanso e a influência que Jiménez trouxe à estratégia para a perspicáci­a de Jonas consumar a reviravolt­a

Que análise faz aeste jogo? – Difícil ,como previa e com o Paços de Ferreira a entrar forte. Entrámos a frio, a reagir tarde às bolas e a pensar mal, mas podíamos ter chegado ao empate ainda antes do intervalo. Depois a determinaç­ão, crença e a qualidade melhorou muito. Fomos uma equipa mais objetiva, agressiva e acabámos por marcar três golos e merecemos vencer. Foi, como se diz, uma segunda parte à Benfica. Um espírito enorme, mas isto não vai lá só do espírito, pela que a qualidade também fez a diferença. –Viu asituação mal parada? – Vivemos de tal maneira o jogo que nem penso no resto. A bola não estava a entrar, mas o Benfica teve uma reação forte e sabia que o golo ia aparecer mais cedo ou mais tarde. O importante foi ganhar e a comunhão com os adeptos. Quando há uma envolvênci­a deste género tudo tem de acontecer de forma positiva porque, por exemplo, o Seferovic, que é um ponta-de-lança puro, entrou e foi importante no flanco. É este espírito aliado à qualidade que ganha jogos.

–Faltou qualidade ao Benfica no 1º tempo?

– Não concordo. Pode-se dizer que perdemos uma bola e nesse lance saiu o primeiro golo, mas isso faz parte. Não houve discernime­nto até meio da 1ª parte, mas depois foi tudo mais fluído. Vencemos com sofrimento porque também é preciso, mas não deixo de dar mérito ao desempenho da minha equipa. –Quecomentá­riolhemere­ceraeficác­ia do Jonas e o desempenho do Rafa?

– O Jonas é um jogador de qualidade, que marca muitos golos, mas já o devia ter feito mais cedo. Ele até estava zangado com ele próprio por causa disso. O Rafa está a enquadrar-se com as exigências e a ten- dência é melhorar, mas não é nada que me surpreenda e este golo ajudará imenso.

– A entrada do Jiménez foi fundamenta­l?

– Acabámos por vencer fruto dessa estratégia. Regressámo­s com os mesmos porque acreditava que podíamos chegar ao golo cedo mas também tínhamos um plano alternativ­o e o Jiménez trouxe mais profundida­de e acabou por libertar o jogador que está mais atrás. O Jonas, perspicaz como é na área, tirou dividendos dessa alteração.

–Que análise faz ao árbitro?

– Foi um jogo complicado e não vou estar aqui a especifica­r decisões, mas espero que haja bom senso em todas as decisões, até como forma de autodefesa para os árbitros.

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