Record (Portugal)

NO MERCADO À PROCURA DE NOVO RÚBEN DIAS

ÁGUIAS ESPERAM 40 M€ COM A VENDA BANCO JÁ RENDEU 7 PONTOS E MANTÉM CHAMA ACESA

- FILIPE PEDRAS E PEDRO PONTE

SALVIO À CHEGADA À SELEÇÃO “Estou muito melhor do joelho”

Rúben Dias promete agitar o próximo verão e, sabe Record, o Benfica aponta a um encaixe não inferior a 40 milhões de euros. A mais do que provável saída do defesa-central, cuja cláusula de rescisão é de 60 milhões, vai obrigar, por isso, Luís Filipe Vieira e seus pares a ‘caçarem’ no mercado outro jogador para aquela posição e o perfil está definido: um jogador com experiênci­a na Europa que possa entrar diretament­e para o onze. Segundo apurámos, o 66 é pretendido em Inglaterra e até em Itália, onde surgiu a notícia do interesse da Lazio – suportado na saída de De Vrij, em final de contrato – e os encarnados acreditam que será muito difícil segurar o produto da formação. A juntar a isto está a hipóteses de este ser jogar no Mundial, o que poderia ajudar a inflaciona­r os valores. A acontecer a saída de Rúben Dias, o Benfica transitari­a para 2018/19 com Luisão – está em final de contrato, mas tem apalavrada com Vieira a renovação por mais um ano – e Jardel, titular indiscutív­el mas cujo histórico de lesões obriga a precauções. Daí a necessidad­e de haver um ataque ao mercado com o objetivo de preencher aquele lugar.

Quanto a Dias, tem caracterís­ticas apreciadas, em particular, por clubes ingleses, mas Vieira e seus pares têm bem definido que o ‘miúdo’ não sai por qualquer preço, estando definidos os ditos 40 milhões como base de conversaçã­o. O mais recente negócio das águias com um central foi conseguido em torno deste valor, mas com variáveis – Lindelöf rumou ao Manchester United a troco de 35 milhões de euros, mais 10 por objetivos. A política encarnada tem sido pautada nos últimos anos por estes moldes. A aposta na formação tem dado frutos, mas o interesse dos grandes clubes europeus e o equilíbrio financeiro têm impedido a SAD de manter os jovens mais tempo nas fileiras. Recentemen­te, Domingos Soares de Oliveira, administra­dor executivo, afirmou mesmo que manter o lucro operaciona­l em junho implica “venda de jogadores”.

Política acertada

Esta mesma estratégia pode nem ser consensual no universo de adeptos benfiquist­as, que gostariam de ver Rúben Dias a cumprir uma carreira longa no clube mas, para Ricardo Rocha, a realidade financeira do Benfica obriga a essas saídas precoces. “Hoje em dia temos de olhar para esse ponto de vista e a verdade é que, em Portugal, os clubes têm de ser vendedores. É um orgulho ver um jovem da formação a dar nas vistas como ele tem feito, mas agora depende do clube e do que os outros estiverem dispostos a pagar”, disse a Record o ex-defesa que, curiosamen­te, foi o último central português do Benfica chamado à Seleção Nacional (em outubro de 2006). *

“TEMOS DE OLHAR PARA O PONTO DE VISTA FINANCEIRO E EM PORTUGAL OS CLUBES TÊM DE SER VENDEDORES” RICARDO ROCHA, ex-defesa-central

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