‘Billy’ regressa ovacionado e sem arrependimentos
Na ‘Arena mais famosa do Mundo’, como lhe gostam de chamar os nova-iorquinos, já não se luta por grande coisa nesta fase da temporada. Com o playoff fora de órbita (ficará matematicamente impossível já esta semana) e com a superestrela Kristaps Porzingis de fora para o que falta desta época (e para o arranque da próxima), os adeptos New York Knicks continuam a encher o pavilhão mas pelo prazer de ver o melhor basquetebol do Mundo e aplaudir os craques que por lá passam. Na receção aos Charlotte Hornets, que ditou o regresso dos Knicks às vitórias (124-101), a maior ovação da noite foi para… umrival: Willy Hernangómez, jovem poste espanhol, que até há cinco semanas… era ‘Knick’. ‘Volta, Willy!’ podia ler-se em cartazes no pavilhão. Eleito para a equipa de melhores ‘rookies’ em 2017/18, ‘Billy’, como gosta de ser chamado, ganhou estatuto de favorito dos fãs mas perdeu espaço (e tempo de jogo) na equipa de Jeff Hornacek. Pediu para sair em fevereiro, foi trocado mas continua a ser pouco utilizado.
“Jogo pouco mas a minha si- tuação agora não tem nada a ver. Em Nova Iorque não me davam liberdade para trabalhar como eu gostava. Não me deixavam lançar ao cesto nos treinos, só fazer treino de poste debaixo do cesto. Em Charlotte tenho um treinador duro, que me diz tudo na cara. É honesto e eu gosto disso”, contou-nos o medalhado olímpico (Rio’2016), antes de confessar a Record a sensação de voltar ao Madison Square Garden, onde até voltou a jogar muito bem (9 pontos e 6 ressaltos em 13 minutos): “Foi estranho. Nem sabia o caminho para o balneário dos visitantes! Perdi-me porque nunca tinha estado aqui deste lado. Defrontar os Knicks foi muito especial.”
Apoio de Kanter
Hernangómez, que tem um irmão a jogar em Denver [Juancho], mereceu a simpatia do poste turco dos Knicks – um dos que lhe tirou tempo de jogo na Big Apple – Enes Kanter. “Falamos imenso e continuo a ser o seu mentor. Para mim ele é um mini Marc Gasol. Trabalha muito e ainda vai brilhar imenso!”