“Falta escola mas nem são assim tão maus”
Chegar, ver e vencer. Assim se resume a carreira de Henrique Sereno cada vez que ingressa num clube indiano. O português, de 32 anos, tornou-se campeão pelo Chennaiyin no passado fim de semana e já pode dizer que fez história. No ano passado, o defesa representou o Atlético de Kolka- ta... que levantou o troféu. Dois títulos em clubes diferentes numa prova que soma apenas quatro edições. E a história, que pelo meio conheceu um curto capítulo no Almería, até começou por um azar. “Na Alemanha [no Mainz, em 2015/16], tive problemas com lesões. Não podia ser o mesmo e tive de procurar uma liga menos exigente. Recebi boas indicações, decidi apostar e este ano voltei”, conta a Record. Habituado a experiências no estrangeiro (passou ainda por Espanha e Turquia), Sereno, que viveu num hotel tal como os seus companheiros, reconhece que este foi outro nível de aventura... até para passear. “É um país diferente. Para ir a algum lado, é preciso muito tempo. Demora-se uma hora para fazer 20 quilómetros”, realça. Também dentro de campo, o jogador, campeão pelo FC Porto, sabe que há diferenças. “Taticamente, falta escola mas nem são assim tão maus. Ainda assim, é uma liga mais competitiva do que no Qatar ou na Arábia Saudita. Não são assim tão maus.”
Defesa venceu de novo a Superliga, desta vez pelo Chennaiyin. Agora, deve pendurar as botas “TIVE PROBLEMAS COM LESÕES. NÃO PODIA SER O MESMO E TIVE DE PROCURAR UMA LIGA MENOS EXIGENTE”, CONTOU
Fim da carreira
Mal se tornou campeão, Sereno fez as malas para voltar para o pé da sua família... e por lá deve ficar. Internacional A por duas ocasiões, o elvense já há muito que tinha anunciado a sua inten- ção em retirar-se no final da temporada, ideia que deverá mesmo concretizar-se, a não ser que lhe apareça algo do outro mundo. “Devo acabar a carreira. Não posso dar o meu máximo, e em princípio vou rescindir. Só voltava a jogar se me aparecesse uma coisa que me fizesse sair de casa”, revelou o português. *