Record (Portugal)

“Temos de tirar ilações daqui”

- PEDRO GONÇALO PINTO. GENEBRA

Além de assumir a responsabi­lidade pela derrota pesada, o selecionad­or nacional garante que vai perceber o que não correu tão bem e o que deve melhorar. No entanto, manifesta confiança total na equipa das quinas

Houve pouca intensidad­e ou mérito daHolanda?

– É um resultado desnivelad­o e pesado que não nos deixa agradados. Foi uma primeira parte em que procurei uma solução de jogo em relação ao que tinha visto da Holanda. A responsabi­lidade é minha. Procurei ter equilíbrio no meiocampo e, até ao golo da Holanda, Portugal não esteve mal, esteve razoável. A equipa teve sempre mais bola e podíamos ter tirado proveito do que tínhamos trabalhado no papel, que era os movimentos exteriores do Cristiano com os passes interiores do Bruno Fernandes. Desequilib­rámo-nos no momento da perda e na ação defensiva. O golo da Holanda nasce num momento desses. Tínhamos quatro jogadores na recuperaçã­o da bola, mas deixámo-los sair em contra-ataque e fomos pouco agressivos. A equipa foi tentando, mas no processo defensivo tivemos sempre muita dificuldad­e. Na segunda parte, a equipa mostrou outra forma de estar e isso fez com que Portugal tivesse chegado mais vezes perto da baliza. Não fizemos golo e, com a expulsão, a equipa esteve muito bem. Soube agrupar-se e não permitiu que a Holanda fizesse o que tinha feito na primeira parte. –Estedesair­evaiservir­paraoquê? – Temos de tirar ilações daqui. Algumas conclusões no plano individual, até porque estamos perto da convocatór­ia para o Mundial. O mais importante é lembrar o que também fizemos de positivo.

– Cristiano ficou muito nos corredores. Isso foiestraté­gico?

– Cria menos largura no jogo, mas ele tem esta tendência. Desbloquea­r o central podia ser importante com o Bruno, porque ele faz isso bem no Sporting.

– O que pode fazer durante estes dois meses que se seguem?

– Nada. Não estou com os jogadores e não posso falar com eles do que se passou. Tenho de olhar detalhadam­ente para a equipa no seu global, não é só para este jogo. Há que ver o que a equipa faz muito bem e o que pode não fazer tão bem. Tenho de tirar ilações, porque temos de ser a equipa rigorosa que fomos no Europeu e no apuramento para o Mundial. Temos de defender muito bem e também atacar bem. –Ficacommen­os confiança? – Há dois anos perdemos em casa com a Bulgária e disse que as coisas não funcionava­m assim. Em jogos oficiais, Portugal tem uma única derrota. Tenho confiança absoluta nos jogadores e sei que vão responder no Mundial. *

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