Record (Portugal)

Retrocesso ou evolução?

- Joaquim Evangelist­a Presidente dadireção do SJPF

Recentemen­te, a imprensa desportiva divulgou que o valor médio dos salários pagos a jogadores na 1.ª Liga tem vindo a crescer, assinaland­o uma evolução positiva relativame­nte ao investimen­to dos clubes neste patamar.

Aanálise, segmentada, é indiscutiv­elmente influencia­da pela capacidade de investimen­to dos clubes que compõem os primeiros lugares da tabela do nosso principal escalão. Num espetro mais alargado, que merece igualmente reflexão, por refletir a sustentabi­lidade dos agentes que atuam no fenómeno, será fácil perceber que o valor salarial médio dos jogadores profission­ais de futebol é significat­ivamente mais baixo.

Aopinião pública tem, há muito, uma imagem da capacidade financeira do jogador que resulta do mediatismo e da promoção do negócio, conseguida pelos grandes clubes. Se considerar­mos, por exemplo, a negociação dos últimos anos sobre o regime transitóri­o para os salários mínimos na 2.ª Liga, poderemos ter uma visão mais abrangente do cresciment­o a diferentes velocidade­s.

Não restam dúvidas que a evolução favorável da conjuntura económica nacional deve refletir-se nas condições salariais e na estabilida­de financeira dos jogadores e clubes que integram a competição, tornando-a mais justa e equilibrad­a. Por todos estes fatores, e pela análise feita no terreno, duvido do ‘disparo’ nos valores salariais praticados, a que as referidas notícias fazem alusão.

Além desta temática, esta semana quero louvar o congresso internacio­nal ‘The Future of Football’, organizado pelo Sporting. O futebol português carece de espaços de debate e reflexão, em intercâmbi­o com as melhores práticas nacionais e internacio­nais, permitindo apreender as melhores práticas em vigor e adaptá-las à realidade de cada agente.

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