“Estamos na luta em todas as frentes”
BRUNO DE CARVALHO ESPERANÇADO
GUERRA DAS DÍVIDAS COM O SP. BRAGA VAI AOS CÊNTIMOS
LEÕES TÊM À VENDA 1.500 BILHETES PARA A PEDREIRA
DOUMBIA E COENTRÃO JÁ TREINAM
O Sp. Braga pagou ontem ao Sporting metade da contribuição de solidariedade relativa às transferências de Rui Fonte e Pedro Santos (85.764,44 euros), respetivamente para o Fulham e o Columbus Crew. As posições aproximaram-se, tendo ficado agora mais claro quem deve o quê e a quem [ver quadro], mas a forma neste caso é quase tão importante como o conteúdo e, por isso, a polémica não está totalmente ultrapassada. Só o será... ao cêntimo. Para isso, o Sporting terá de liquidar a segunda prestação da transferência de Battaglia, em dívida desde 15 de fevereiro, sob pena de não poder participar nas competições europeias da próxima época, pois tem de fazer prova até sábado, dia 31, de que não tem dívidas no sentido de obter o licenciamento da UEFA.
À espera desde agosto
Na prática, ambos os clubes já reconhecem que o Sp. Braga devia ao Sporting 171.528,87 euros (saldou ontem parte) por ação do meca- nismo de solidariedade nas vendas de Rui Fonte e Pedro Santos. Os leões, como Record noticiou, pensavam ter direito a 382 mil euros, pois alegam que nunca foram esclarecidos. “Sobre as suas dívidas, [o Sp. Braga] calou-se muito caladinho – quem sabe, a ver se escapava –, e fomos nós que tivemos de andar a perguntar à MLS e ao Fulham quais os montantes em causa para reclamarmos aquilo que nos é devido”, lamentou Nuno Saraiva no Facebook. Após consulta aos contratos, o Sporting verificou que o encaixe dos minhotos com os passes dos dois jogadores tinha sido inferior, pelo que o cálculo da contribuição de solidariedade baixou na proporção. Um aparente mal-entendido, pois existiam faturas emitidas pela SAD do Sporting em ja- neiro já com os valores corretos, e agora oficiais, a que Record teve acesso. O problema é que o Sporting esperava ter recebido na totalidade logo em agosto e não ao ritmo das prestações.
Afinal, havia outra
Forma e conteúdo voltam a ser importantes para descodificar a dívida do Sporting por Battaglia. É certo que se trata de 1 milhão de euros, o que não se sabia é que essa quantia não é toda para o Sp. Braga: os arsenalistas vão ficar com 818,016,26 euros e têm de entregar os restantes 181.983,74 euros à LACO, uma empresa que detinha 20% do passe do médio à data da transferência, percentagem essa que o Sporting adquiriu no verão. Ora, Sp. Braga e LACO alimentaram um diferendo que chegou ao TAS, já que os minhotos não reconheciam os direitos referidos. O TAS, porém, deu razão à LACO e, nesse sentido, Sporting e Sp. Braga acertaram que os 181.983,74 euros devidos ao investidor seriam para retirar da segunda prestação por Battaglia, isto depois de os leões os terem adiantado à LACO aquando do pagamento da primeira tranche. Ou seja, a dívida é
“[SP. BRAGA] CALOU-SE MUITO CALADINHO – QUEM SABE, A VER SE ESCAPAVA”, LAMENTOU NUNO SARAIVA, SOBRE RUI FONTE
de 1 milhão; a diferença é que uma fatia dessa verba não é para o Sp. Braga. “O que ficou acordado a 3 de julho foi que esse crédito seria compensado na prestação que vencia a 15 de fevereiro. Ou seja, o Sporting continua a ter de pagar 1 milhão de euros, mas a duas entidades” explica fonte do Sp. Braga.
1.500 bilhetes
O braço-de-ferro antecede o jogo de sábado, no Minho, no regresso das equipas à Liga. O Sporting recebeu 1.500 bilhetes (os 5% de lei) e ontem já tinha vendido mais de meio milhar. *