Jonas decide como sempre
V. Guimarães apostou numa estratégia de contenção, recuando as suas linhas sempre que o Benfica tinha a posse de bola, organizando-se estruturalmente num 4-5-1 [ 1] bem definido, com Heldon na frente. Se esta organização lhe deu maior segurança e coesão defensiva [2], por outro lado dificultou a chegada à baliza contrária com densidade ofensiva nas transi-
MOMENTO DE MAGIA DE RAÚL JIMÉNEZ PERMITIU A JONAS MARCAR O SEU SEGUNDO GOLO E DECIDIR UM JOGO DIFÍCIL
ções que conseguiu realizar, dado os metros que faltavam para a baliza de Varela. Raphinha foi sempre o elemento mais perigoso do V. Guimarães. A forma harmónica como os comandados de José Peseiro se estruturaram no terreno de jogo conseguiu anular uma das mais fortes características do modelo de jogo do adversário: diversidade entre o jogo interior e exterior. Dificilmente a bola entrou no espaço de ação de Grimaldo ou André Almeida e, quando o Benfica penetrou nestas zonas, não o conseguiu com superioridade numérica [ 3] necessária para ter sucesso.
Na primeira parte, o Benfica não teve soluções para contrariar a estratégia adversária, muito lento nas mudanças de corredor, enquanto ao V. Guimarães, mesmo tentando criar a sua organização ofensiva desde os defesas, falta- ram processos intermédios, ou seja, alguém que fizesse a ligação entre o sector defensivo e os jogadores da frente, para chegar à área adversária mais vezes e com maior qualidade.
O Benfica entrou na segunda parte com as dinâmicas habituais de outros jogos, com movimentações interiores dos seus alas e maior velocidade na troca de bola, criando assim mais situações de finalização nos primeiros 10 minutos, tendo em Miguel Silva o principal obstáculo. O V. Guimarães manteve a mesma estratégia, mesmo estando a perder por 1-0. Um momento de magia de Raúl Jiménez contribui para que Jonas marcasse o seu segundo golo e decidisse um jogo complicado.