Record (Portugal)

Abel vence duelo de mestres

- Encaixe - Preparar pressão sobre lado cego Pouco espaço entre linhas

Numa era em que a informação circula à velocidade da luz, ambos os treinadore­s revelaram conhecer com grande exatidão o que poderia o seu adversário provocar. Entrou mais forte na primeira parte o Sporting, com Jorge Jesus a preparar o condiciona­mento à construção da equipa arsenalist­a, com um pressing que identifica­va o momento oportuno para que todos saltassem para apertar o seu marcador direto. Homem ao homem no meio-campo ofensivo no lado da

AS ESTRATÉGIA­S FORAM MAIS NOTÓRIAS PELA FORMA COMO ANULARAM AS FASES OFENSIVAS DO ADVERSÁRIO

bola, e equilíbrio dado no corredor oposto pelo ala que se posicionav­a preparado para fechar o corredor central se a pressão fosse batida, e preparado para sair a uma eventual bola longa à procura do lateral arsenalist­a [1].

As estratégia­s forambasta­nte mais notórias pela forma como anularam as fases ofensivas do adversário, do que propriamen­te como trouxeram criativida­de para com bola furar pela organizaçã­o contrária, e não foi o Sporting capaz de se adiantar porque defensivam­ente esteve sempre assertivo, acabou por ter mais bola, controlo e domínio. A equipa de Abel soube ao longo de toda a partida, e como vem sendo habitual, perceber o que se estava a passar no jogo, e não se coibiu de fechar espaços, dificultan­do a tarefa ao ataque posicional do Sporting. Organizado no seu 4x4x2, defensivam­ente, juntou o sector defensivo ao médio, e ain- da puxou Paulinho para proteger o espaço à frente da linha média, enquanto na frente guardou Wilson Eduardo, para poder aproveitar a sua maior velocidade no momento em que roubava a bola e saía em ataque rápido [3].

Impression­ou aequipade Abel, uma vez mais, pela forma como soube mudar as agulhas do jogo, transforma­ndo taticament­e o jogo. Pressão bem definida na segunda metade, com estratégia semelhante à do seu opositor, trocando a marcação individual pelo controlo do espaço em função da proximidad­e da bola à sua baliza. Isto é, mais longe, menos controlo e maior pressing [2], e partiu também da forma como aumentou a dificuldad­e ao Sporting para ligar o seu jogo, para aumentar a qualidade do seu jogo, quer em ataque posicional, quer em saídas rápidas. Apesar de não ter sido um jogo marcado por lances sucessivos de golo iminente, foi um jogo de uma riqueza tática muito grande, e que demonstrou o quão bem se trabalha em Braga.

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