Record (Portugal)

Os craques e as equipas

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Uma Argentina sem Messi vale metade. Pode até valer menos de metade. Mas nunca deve perder por 6-1 seja contra quem for. Mesmo perante uma Espanha renovada, sob o comando de Lopetegui, mesmo sem contar com Leo.

Esta é a primeira análise que se retira da escandalos­a derrota sofrida pela seleção de Sampaoli. Com Messi a ver na bancada, e sem conseguir ver mais, depois do 6-1 apontado por Isco. Claro que há o jogo. E o resultado nem sempre explica tudo. Higuaín até podia ter feito o primeiro e Otamendi ainda animou os argentinos quando fez o 1-2.

SELEÇÕES DE MESSI E RONALDO DIFICILMEN­TE ENTRAM NO LOTE DE FAVORITOS AO MUNDIAL

Mas o descalabro foi, sobretudo, defensivo. Muitos espaços, pouca pressão, desorienta­ção tática. Uma equipa puxada por rasgos individuai­s, sem ideias de coletivo, sem um conceito futebolíst­ico. É preparação, claro, não havia Messi e ainda falta tempo até chegar o Mundial. Mas não falta assim tanto. Seleções como Espanha, Alemanha e Brasil já mostram uma rotação muito superior a argentinos ou portuguese­s.

Messi e Ronaldo vão chegar a este Mundial com o mesmo estatuto com que aterraram nos anteriores: são os melhores jogadores do Mundo. Há muito tempo. Como nunca se viu antes no futebol. Mas, por esta altura, as suas seleções dificilmen­te podem aparecer no top 5 das principais candidatas à vitória final (e nesse aspeto Portugal mostra, ainda assim, mais saúde do que a Argentina). Verdade: nem sempre ganham os favoritos. Foi assim no Euro 2016. A exceção, contudo, não faz a regra. E um craque, por melhor que seja, já não chega para fazer uma equipa inteira.

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