“Nem eu acreditava em mim…”, admite

Leonardo confessa-se surpreendido com a sua ascensão, ao ponto de confessar que tempos houve em que foi o primeiro a duvidar de si próprio. “No início da época, eu não acreditava muito em mim… Sei lá, tinha medo de falhar um cruzamento, um passe, tinha medo de falhar”, assume. Oito meses depois, tudo mudou. “Não esperava tudo isto… Surpreendi-me a mim mesmo e acho que a todos os que me acompanham”, reforça, sorridente. “É o resultado do trabalho fantástico que têm vindo a fazer comigo”, vinca, agradecendo aos que o ajudaram a sentir-se “um guarda-redes confiante, com personalidade e presença na baliza”. “Pelo menos é o que me dizem”, dispara, numa manifestação de humildade sublinhada pelo treinador. “Ser humilde é uma das principais qualidades do Leonardo”, diz Tiago Vicente. bol. “Comecei a jogar à bola pelo prazer que me dava. Ouvi falar nuns treinos de captação na Almagreira. Faltava-me um mês para fazer 10 anos, passei nos testes e fiquei três épocas no clube.” O talento não escapou ao scouting leiriense. António Oliveira deu parecer positivo e a União avançou. “Tinha 13 anos quando assinei, mas quando lá cheguei entenderam que seria melhor se eu pudesse jogar com regularidade.” Em vez de cruzar os braços, Leonardo atirou-se com unhas e dentes à primeira desilusão. “Não fiquei chateado… Compreendi a decisão porque eles já lá tinham dois guarda-redes. Eu era iniciado de primeiro ano, segui para o Guiense e voltei no final da época”, conta. “Tive uma lesão na pré-época seguinte e perdi três meses por causa de uma cirurgia simples. Quando regressei, agarrei logo o lugar”, recorda. A recuperação foi um sucesso, o sonho estava intacto e Leo ganhava asas. Só não contava com tamanho sucesso logo aos 17 anos… Ainda sem contrato profissional, mas com vários interessados à perna, mantém-se fiel ao emblema do Castelo, não escondendo o sonho de defender a baliza da União no Municipal de Leiria. De preferência, com o clube de regresso à 1ª Divisão: “Já dei comigo a pensar nisso… É um sonho!” *