Record (Portugal)

Albufeira é só o início

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Todos sabemos que o basquetebo­l nacional já viveu melhores dias. Lembro-me de resultados de excelência a nível internacio­nal, tanto dos principais clubes como da Seleção Nacional; de Portugal ter jogadores a atuar ao mais alto nível (com exceção da NBA) e de ver pavilhões cheios de norte a sul (independen­temente da competição e do escalão etário). Mas, significa isto que a modalidade está ‘condenada’ entre nós? Não, de todo. Existem dificuldad­es, é evidente; situações várias que podem ser melhoradas e um ror de desafios a que se deve fazer frente. Mas, com persistênc­ia, dedicação e trabalho árduo de todos os agentes, o futuro pode ser risonho. Tanto ou mais que no passado. Manter de pé –e em constante cresciment­o –a Festa é essencial. Mas Albufeira não deve ser encarada como o fim da linha. Bem pelo contrário: é apenas o início da ‘viagem’ para quem sonha mais alto. Que todos –não só os mais novos –tenham a capacidade de entender isso. Lisboa Porto Aveiro Aveiro Aveiro Lisboa Lisboa Porto Porto Lisboa Lisboa mais uma vez muitos os que, na qualidade de familiares dos participan­tes, irão colorir as bancadas dos seis pavilhões –que possibilit­am a disputa de oito partidas em simultâneo. A família, quando estamos a falar de desporto de formação, tem um papel fulcral na evolução dos atletas. Não nos aspetos técnicos e táticos - da responsabi­lidade dos treinadore­s – mas em tudo o resto. Estar por perto, ajudando a enquadrar sucessos e derrotas ou a incutir os valores do fair play (para com os opositores, mas também com a arbitragem), por exemplo, são contributo­s valiosos.

Em suma, daqui a algumas horas arranca mais uma jornada de

A FESTA NÃO É SÓ BASQUETEBO­L. É TAMBÉM UMA GRANDE JORNADA DE CONVÍVIO ENTRE GENTE DE TODO O PAÍS

muito basquetebo­l, mas também de convívio entre gente oriunda de todas as 18 associaçõe­s. E essa é outra faceta fulcral do evento: a possibilid­ade de juntar diversas realidades, trocar experiênci­as, sempre com o objetivo de poder ajudar à evolução da modalidade e dos seus praticante­s.

A competição

Não sendo o mais importante, a verdade é que todas as equipas ini- ciam a prova com a esperança de alcançar os melhores resultados possíveis. E em alguns casos terminar no primeiro lugar é mesmo a meta estabeleci­da. No entanto, sabendo-se que no desporto não há vencedores antecipado­s, convém recordar que, até à data, os 44 títulos foram todos divididos por quatro associaçõe­s, indiscutiv­elmente as mais fortes. Assim, no cômputo geral, o Porto lidera com 17 vitórias, sendo seguido por Lisboa (12), Aveiro (11) e Setúbal (4). Será desta que vamos ter um vencedor diferente? A possibilid­ade existe (a Madeira teve um segundo lugar em 2017), mas não será fácil . Mas, claro, esta é a hora de todos exibirem o respetivo talento. *

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