Record (Portugal)

DO OUTRO MUNDO!

CR7 VAI DE BICICLETA PARA AS MEIAS-FINAIS “Foi fantástico, segurament­e o meu melhor golo”

- JOSÉ ANGÉLICO

A jogar no seu estádio - onde só tinha perdido seis dos 178 jogos oficiais ali realizados desde a sua inauguraçã­o, em setembro de 2011 -, a Juventus tinha ontem uma excelente oportunida­de para ‘vingar’ a derrota da final da Champions do ano passado. Mas Cristiano Ronaldo voltou a assumir o papel de carrasco e destruiu o sonho bianconero. Com um golo logo a abrir - precisou de apenas 166 segundos para bater, mais uma vez, Buffon -, a passe de Isco, o português ditou o destino da Juve, que nunca conseguiu reagir. E CR7 ainda acabaria com as dúvidas que pudessem haver com um sensaciona­l pontapé de bicicleta, na segunda parte, após centro de Carvajal, num momento sem paralelo na sua carreira - o mais perto que ficou foi pela Seleção Nacional, num belo pontapé de moinho, em agosto, frente às Ilhas Faroé. O craque do Real Madrid marcou pelo 10º jogo seguido na Liga dos Campeões - uma série iniciada precisamen­te na final de Cardiff, quando também bisou na goleada (4-1) à Juventus –, um recorde da prova. Este foi ainda o 9º encontro consecutiv­o a faturar pela turma blanca, somando 19 tiros certeiros neste período, desde que celebrou o 33º aniversári­o. Mais, frente à Juventus, Cristiano contabiliz­a agora nove golos, tendo batido Buffon nos seis duelos entre ambos - em 11 remates en- quadrados com a baliza, o português só não festejou em... dois! -, confirmand­o-se os receios do guardião italiano, de 40 anos, que somou mais uma desilusão e deverá mesmo acabar a carreira sem vencer uma Liga dos Campeões. Frente a uma equipa que só tinha sofrido golos em dois dos 13 jogos anteriores em casa, os me-

rengues fecharam as contas por Marcelo, agora com Ronaldo a fazer a assistênci­a para o brasileiro, já depois de Dybala ter sido expulso por acumulação de amarelos. E Kovacic (88’), novamente a passe de CR7, ainda acertou na trave, imitando o que Toni Kroos já havia feito na primeira parte (36’). Ou seja, Buffon ainda se conseguiu li- vrar de uma maior humilhação, apesar de esta ser uma das piores derrotas caseiras da Juve nas competiçõe­s europeias - também perdeu com o Manchester United por 3-0, em 2003, e por 4-1 com o Bayern Munique, em 2009. O único senão para Zidane e companhia foi mais um cartão amarelo visto por Sergio Ramos - o 36º do espanhol na competição, igualando o recorde de Paul Scholes -, que deixa o capitão do Real de fora da 2ª mão. Nada de muito problemáti­co, pois a passagem às meias-finais parece definida... *

UM GOLO DE CR7 LOGO A ABRIR DITA O DESTINO DA JUVENTUS, COM O CRAQUE PORTUGUÊS A FAZER AINDA UMA ASSISTÊNCI­A

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