Record (Portugal)

A estratégia de Guardiola

- Eládio Paramés

Vai ser muito interessan­te o dérbi de Manchester , no domingo. Logicament­e, o City irá fazer tudo para se sagrar campeão já nesta jornada e o United irá fazer tudo para que a entrega das faixas seja adiada. Mourinho não quererá ver a festa do adversário, apesar de há muito considerar que o título está entregue; Guardiola, por seu lado, teria enorme prazer em receber o ‘caneco’ após triunfo sobre o seu mais direto rival.

Mas parece que o espanholnã­o

estámuito àvontade, tendo em conta os rumores que começam a correr e que apontam para a utilização neste jogo das chamadas ‘segundas linhas’. Só que chamar ‘segundas linhas’ a Danilo, Laporte, Stones, Gündogan, Mendy ou Bernardo Silva, por exemplo, todos eles jogadores baratinhos e de fraquinha qualidade, é ridículo. E fazer correr que a ‘poupança’ tem a ver com a eliminatór­ia que vai disputar com o Liverpool para a Champions é uma desculpa esfarrapad­a. Guardiola está, isso sim, a jogar pelo seguro: se perder, foi com a segunda equipa – está justificad­a a derrota; se ganhar, foi com a segunda equipa – a vitória ainda lhe sabe melhor. É óbvio.

O que não é tão óbvio é asituação

do aindacampe­ão emtítulo. O Chelsea está na 5.ª posição e a 8 pontos do Tottenham, isto é, muito distante do último lugar que permite uma ida à Champions. Quem diria que o ‘genial’ Conte iria cair para a Liga Europa…

E menos óbvio seráver por cáo que se viu quando Carvalhal visi

tou Mourinho. O que se viu, por cá já daria direito a muito falatório. E se se soubesse que antes do jogo tinham estado – como estiveram! – juntos na sala do treinador, nem sei se não poderia acabar em despedimen­to com justa causa. Para ambos! Por cá, continua a ser impossível haver amigos no futebol.

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