CINISMO BELENENSE CAPTUROU CHAVES
Toada de espera de Si las levou transmontanos ao desespero, maspecoupela ineficácia
Luís Castro sabe que não é com vinagre que se apanham moscas e o Chaves começou por demonstrar critério e paciência na circulação para tentar desmontar o autocarro do Belenenses, mas a estratégia pecou pela falta de intensidade nos corredores e adocicou demasiado o pote que deixou os flavienses à mercê do cinismo estruturado por Silas. Acabaram por prevalecer as intervenções do guardião António Filipe, que, apesar de não estar isento de responsabilidades no ressalto que permitiu a Fredy (62’) abrir o marcador, foi fulcral a defender as ocasiões de golo cantado a Yazalde (53’), à recarga de Nathan (53’) e a Licá (61’). Ponto de sustentação em momentos de total desnorte transmontano e, principalmente, quando o golo belenense parecia inevitável, mas o suficiente para conferir fulgor à reação flaviense e proporcionar a nesga de espaço proibido que William aproveitou para fuzilar o desamparado André Moreira, apenas quatro minutos depois para estabelecer o que seria o resultado final. Equilíbrio que ajusta-se à falta de discernimento ofensivo das duas equipas nos parcos instantes de imprevisibilidade que se assistiram na reta final, dado que até lá o encontro desenrolou-se quase em ritmo de treino.
Ora com o Chaves a assumir as despesas em ritmo de caracol ora com o Belenenses completamente confortável na sua missão defensiva a anular as débeis iniciativas transmontanas.
Toada de expectativa mútua que acabou por ter reflexos no desfecho, mas permitiu ao Chaves estancar uma sequência de quatro derrotas consecutivas, ao passo que o audaz sistema tático de Silas continua a colher frutos e a alicerçar o Belenenses para uma posição cada vez mais tranquila. *
CHAVES TENTOU DESMONTAR AUTOCARRO AZUL A CIRCULAR, MAS FOI O BELENENSES QUE DESPERDIÇOU