“Prova cativante mas não sei se voltarei”
NelsonOliveiraé operado hoje àclavícula, depois de ter sofrido aterceira quedano Paris-Roubaix
Nelson Oliveira já tem uma larga experiência, cumprindo a oitava temporada no World Tour. Mas não tem tido sorte numa das mais emblemáticas corridas do Mundo, onde gostaria de ter um desempenho satisfatório. Pela quarta vez, em cinco participações, não conseguiu chegar ao fim, e em três delas devido a queda. A última aconteceu no domingo, da qual resultou a fratura da clavícula direita. É operado hoje em Pamplona, desconhecendo-se ainda o tempo de paragem. Mas é certo que vai falhar a Volta a Castela e Leão e a Volta à Romandia.
CICLISTA FOI 61º EM 2015, NA ÚNICA VEZ QUE ACABOU A CORRIDA CONHECIDA COMO O ‘INFERNO DO NORTE’
Mas será mesmo o Paris-Roubaix o ‘Inferno do Norte’ como é conhecido? “Só numa, das três vezes que caí, é que foi num troço de empedrado. As outras aconteceram em estrada normal”, explicou-nos o ciclista da Movistar, para depois desabafar: “Eu é que tenho tido muito azar.”
Da queda do ano passado resultou uma lesão num joelho, sendo que há dois anos partiu a outra clavícula, a esquerda. E na primeira participação, em 2011, falou mais alto a inexperiência. “Foi no meu primeiro ano na RadioShack, tinha só 21 anos. Furei e depois acabei por desistir.” E a única vez que chegou ao fim foi em 2015, tendo sido 61º, numa edição ganha pelo alemão John Degenkolb. O ciclista português não tem sido efetivamente bem-sucedido na mítica corrida, mas acalenta ainda a esperança de conseguir um resultado de relevo? “Não sei se voltarei a fazer o Paris-Roubaix, mas continuo a achar que é uma corrida cativante. Já me dou por satisfeito por ter terminado pelo menos uma vez. Agora o meu foco vai estar na recuperação”.