Confusão monumental
Sporting é, de facto, um clube diferente. Nomeadamente na forma como é capaz de implodir de um momento para o outro por razões incompreensíveis. Bruno de Carvalho conseguiu deitar por terra em três dias quase cinco anos de trabalho em que revitalizou as finanças do clube, devolveu ao futebol a luta pelos títulos, construiu um pavilhão e transformou as modalidades em secções capazes de ganhar campeonatos. Espantosa a incapacidade do líder leonino para entender que a forma como comunicava com os sócios ia minando não só a autoridade como a credibilidade de um cargo como o de presidente. Pior, o arraso público que deu aos jogadores e o ataque a referências do clube. Incompreensível.
Ao desastre das intervenções de Bruno, que foram aumentando de tom e de forma, até ao espalhanço completo que foi a conferência de imprensa pós-Paços, somou-se o aparecimento em cena de Marta Soares. Entendo a ideia da marcação de uma assembleia clarificadora, francamente necessária. Mas pode o representante máximo do clube dar a informação através dos microfones da TSF e não por comunicado ou no auditório? Mais, exigindo a demissão do presidente eleito? Ao líder da AG compete dar voz aos sócios, não dizer-lhes o que fazer. No fundo, a desorientação é geral e poucos parecem saber o que andam ali a fazer. Triste.