Record (Portugal)

RAIO EM AVIÃO OBRIGA CALDAS A ADIAR JOGO

- PAULO JORGE ROCHA

VOO ATRIBULADO PARA OS AÇORES Vice-presidente diz que plantel não tinha condições psicológic­as para viajar no mesmo dia

A poucos dias de disputar a 2ª mão da meia-final da Taça de Portugal, o Caldas volta a ser alvo de destaque nas notícias mas não pelas suas façanhas na prova rainha. O duelo com o Praiense, em atraso da 27ª jornada do Campeonato de Portugal (Série D) e agendado para ontem, foi novamente adiado devido ao mau tempo. “Voámos cerca de 15 minutos e a asa esquerda do avião foi atingida por um raio. Toda a gente que estava no avião sentiu. Viu-se um clarão muito grande e, de seguida, um estrondo enorme. Parecia que o avião se ia partir todo”, começa por contar a Record Nuno Ferreira, vice-presidente do Caldas, dizendo que “o comandante deu ordem de regresso a Lisboa”. A companhia aérea encarregue de transporta­r a equipa sugeriu novo voo. Contudo, os jogadores não estavam em “condições psicológic­as para viajar no mesmo dia”, conta o dirigente, lembrando que “a situação não aconteceu só com o Caldas, pois houve gente que não seguiu viagem”. Para o responsáve­l pelo futebol sénior do Caldas, “a parte humana está acima de qualquer valor e era impensável voar novamente no mesmo dia”, acrescenta­ndo: “Há valores mais importante­s, mesmo que venhamos a ser castigados com a perda de três pon- tos por falta de comparênci­a.”

Jogar no final do campeonato

Nuno Ferreira revela que a FPF está a tentar encontrar uma data para disputar a partida em atraso. “Falámos com a federação, que entrou em contacto com o presidente do Praiense e estamos à procura de uma solução”, refere. “Não sei qual é a abertura do Praiense em relação à data do jogo”, acrescenta, avisando que “antes do jogo da Taça de Portugal é impossível por causa do cumpriment­o dos regulament­os [72 horas de descanso]. Terá de ser após a conclusão do campeonato”, frisa. Após o sucedido falou-se na possibilid­ade de o Praiense tentar vencer o jogo na secretaria. Nuno Ferreira explica que “é um jogo que já não adianta nada ao nível da classifica­ção” e que “se o Praiense entender que a melhor forma é ganhar o jogo na secretaria, as ações ficam com quem as pratica”. *

“OUVIU-SE UM ESTRONDO NA ASA ESQUERDA. PARECIA QUE O AVIÃO SE IA PARTIR TODO”, CONTA NUNO FERREIRA

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SUSTO. Plantel do Caldas foi obrigado a voltar para trás

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