Record (Portugal)

Leão europeu

- José Manuel Freitas

Terminou de modo inglório a participaç­ão europeia do Sporting, a melhor de todas as equipas nacionais, mas olhando, fria e desapaixon­adamente, para o que aconteceu nos dois jogos com o Atlético Madrid, não fica mal a quem escreve afirmar que este leão, que havia passado numa primeira fase com pingos de classe pela Liga dos Campeões, merecia ter tido um pouco de felicidade. Porém, reconhecen­dose que na noite de ontem a equipa de Jorge Jesus foi muito melhor do que a dos colchonero­s – mesmo sem Coentrão e Bas Dost, dois, vá lá, insubstitu­íveis –, a sorte da eliminatór­ia (que tantos custos trouxe ao reino do leão e tem ainda muita pedra para partir) ficou traçada em Madrid. Diz-se no futebol que quando se perde, ou ga-

JORNADA DE MADRID MARCOU, COMO SE PERCEBEU, O ADEUS À LIGA EUROPA

nha, perdem, ou vencem, todos, mas pode, por exemplo, Rui Patrício, Battaglia ou Acuña arcar com os imperdoáve­is erros de Coates e Mathieu? Ou com o falhanço de Montero? Sim, ninguém nos garante que o jogo de lá seria como foi, mas obrigava a que os madrilenos fossem melhores do que foram, apesar do triunfo. E ontem, com o jogo à mercê – perdidas de Griezmann à parte –, faltou sempre qualquer coisa que valesse a eliminatór­ia. Resta a estafada consolação de um triunfo que, bem vistas as coisas, apenas valeu alguns, bons, euros.

Acabada a saga na Europa, atenções centradas na Luz, onde domingo se joga cartada fundamenta­l para a atribuição do título. Nos clássicos normalment­e não prevalece nem fator casa, nem a vantagem de quem está melhor, mas olhando para o que se tem visto, o Benfica parece capaz de ficar perto do penta.

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