Record (Portugal)

“QUEM GANHAR S E RÁ C A MPE Ã O”

Antigo médio de águias e dragões não tem dúvidas sobre o caráter decisivo do clássico de hoje e escusa-se a adiantar um favorito ao triunfo

- ANTÓNIO MENDES

“A EXPLICAÇÃO QUE O SOUNESS ME DEU É QUE EU ERA JOVEM... MAS EU ESTAVA A JOGAR MUITO NO BENFICA”

Expectativ­as para o clássico?

TIAGO – Acima de tudo espero é que seja um grande jogo. Será uma partida de elevado grau de exigência, com pulsações dentro e fora do terreno do jogo e toda a atmosfera é diferente, é especial.

Este ainda mais porque será obviamente decisivo para o título 2017/18. Concorda?

T – Acho que quem ganhar este jogo será campeão nacional, pelo menos terá meio caminho andado para o título. Só se houver um empate é que logicament­e vamos ter campeonato até ao final da época.

Consegue atribuir favoritism­o para qualquer um dos lados?

T – Tanto pode dar para um lado como para o outro. Este jogo vai ser decidido nos detalhes e quem errar menos e estiver mais concentrad­o terá mais hipóteses de ter sucesso.

Como jogador dos dois clubes tem segurament­e clássicos deste nível que o marcaram...

T – Na altura em que cheguei ao Benfica fiz a minha estreia duas semanas depois numa meia-final da Taça de Portugal que ganhámos ao FC Porto por 3-1. Deu acesso à final da Taça de Portugal, que depois perdemos contra o Boavista, mas jamais esquecerei esse jogo.

Que recordaçõe­s ficaram dos dois clubes?

T – Ao Benfica cheguei em fevereiro, após rescindir pelo Marítimo, e fiquei espantado com a dispensa do Graeme Souness. Na altura, apesar de ser jovem, era um jogador muito acarinhado pelos sócios. A explicação que o Souness me deu é que eu era jovem e que precisava de jogar com regu- laridade, mas eu estava a jogar muito no Benfica. Percebi que houve outros interesses por trás dessa decisão.

E no FC Porto?

T – A primeira época foi fantástica, vencemos tudo, incluindo a Liga Europa. No segundo ano estava a jogar pouco e saí em de- zembro. Houve uma lesão grave do Derlei e o Mourinho queria o Maciel para o substituir. Na altura, o presidente João Bartolomeu, da U. Leiria, onde eu tinha jogado, gostava muito de mim e exigiu o meu empréstimo para fazer o negócio. Percebi isso e não quis estragar as coisas. *

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