“QUEM GANHAR S E RÁ C A MPE Ã O”
Antigo médio de águias e dragões não tem dúvidas sobre o caráter decisivo do clássico de hoje e escusa-se a adiantar um favorito ao triunfo
“A EXPLICAÇÃO QUE O SOUNESS ME DEU É QUE EU ERA JOVEM... MAS EU ESTAVA A JOGAR MUITO NO BENFICA”
Expectativas para o clássico?
TIAGO – Acima de tudo espero é que seja um grande jogo. Será uma partida de elevado grau de exigência, com pulsações dentro e fora do terreno do jogo e toda a atmosfera é diferente, é especial.
Este ainda mais porque será obviamente decisivo para o título 2017/18. Concorda?
T – Acho que quem ganhar este jogo será campeão nacional, pelo menos terá meio caminho andado para o título. Só se houver um empate é que logicamente vamos ter campeonato até ao final da época.
Consegue atribuir favoritismo para qualquer um dos lados?
T – Tanto pode dar para um lado como para o outro. Este jogo vai ser decidido nos detalhes e quem errar menos e estiver mais concentrado terá mais hipóteses de ter sucesso.
Como jogador dos dois clubes tem seguramente clássicos deste nível que o marcaram...
T – Na altura em que cheguei ao Benfica fiz a minha estreia duas semanas depois numa meia-final da Taça de Portugal que ganhámos ao FC Porto por 3-1. Deu acesso à final da Taça de Portugal, que depois perdemos contra o Boavista, mas jamais esquecerei esse jogo.
Que recordações ficaram dos dois clubes?
T – Ao Benfica cheguei em fevereiro, após rescindir pelo Marítimo, e fiquei espantado com a dispensa do Graeme Souness. Na altura, apesar de ser jovem, era um jogador muito acarinhado pelos sócios. A explicação que o Souness me deu é que eu era jovem e que precisava de jogar com regu- laridade, mas eu estava a jogar muito no Benfica. Percebi que houve outros interesses por trás dessa decisão.
E no FC Porto?
T – A primeira época foi fantástica, vencemos tudo, incluindo a Liga Europa. No segundo ano estava a jogar pouco e saí em de- zembro. Houve uma lesão grave do Derlei e o Mourinho queria o Maciel para o substituir. Na altura, o presidente João Bartolomeu, da U. Leiria, onde eu tinha jogado, gostava muito de mim e exigiu o meu empréstimo para fazer o negócio. Percebi isso e não quis estragar as coisas. *